Movimentos sociais fazem manifestação em SP em defesa do povo paraguaio

São Paulo – Movimentos sociais promovem hoje (28), a partir das 16h, em São Paulo, ato de solidariedade ao povo paraguaio, em defesa da democracia e pelo restabelecimento de Fernando […]

São Paulo – Movimentos sociais promovem hoje (28), a partir das 16h, em São Paulo, ato de solidariedade ao povo paraguaio, em defesa da democracia e pelo restabelecimento de Fernando Lugo ao cargo de presidente da república daquele país. Será em frente ao gabinete da Presidência da República, esquina da avenida Paulista com a rua Augusta, região central da cidade.

Entre outras organizações, o ato é convocado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Centro Brasileiro de Luta pela Paz (Cebrapaz), a Marcha das Mulheres e a União da Juventude Socialista (UJS).

Os manifestantes pretendem cobrar do governo brasileiro medidas mais incisivas contra o que consideram golpe de estado no Paraguai, com o impeachment de Fernando Lugo, num processo do Legislativo em tempo recorde, na semana passada. Entre as reivindicações estão sanções políticas ao novo governo paraguaio – vetando, por exemplo, a presença do país no Mercosul e na Unasul –, sanções comerciais ao país, o cancelamento dos projetos de cooperação econômica e o bloqueio aos financiamentos públicos.

O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, afirmou, em entrevista à Rádio Brasil Atual, que a mobilização é também de repúdio à elite latifundiária paraguaia. “O que ocorreu lá foi realmente um golpe de estado. Foi mais um golpe da elite local, que não consegue admitir um governo que promova distribuição de renda, implemente projetos sociais e procure governar para a maioria da população, e não somente para uma pequena parcela da elite local.”

Felício disse ainda que a CUT vai organizar o envolvimento de representações sindicais internacionais contra o golpe. “A defesa da democracia é parte da luta dos trabalhadores. Não será nas ditaduras que serão conquistadas as melhorias na qualidade de vida das populações”, afirmou.

Ouça a entrevista do secretário da CUT à Rádio Brasil Atual

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