Manifestantes ocupam rua do Parlamento no Cairo
Protestos no Egito seguem pelo 16º dia (Foto: Yannis Behrakis/Reuters) São Paulo – Em nova manifestação no Cairo, capital do Egito, milhares de pessoas ocuparam a rua do Parlamento do […]
Publicado 09/02/2011 - 17h08
São Paulo – Em nova manifestação no Cairo, capital do Egito, milhares de pessoas ocuparam a rua do Parlamento do país, a poucos quarteirões da praça Tahir, centro dos protestos que se estendem há 16 dias. Eles pedem a renúncia do presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. Oposicionistas rejeitaram, ainda nesta quarta-feira (9) a avaliação do vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, de que os protestos no Egito poderiam levar a um golpe de Estado.
Suleiman afirmou que é importante que a crise chegue ao fim porque o governo não quer “lidar com a sociedade egípcia com ferramentas policiais”. Ele chegou a ameaçar a possibilidade de um golpe de Estado caso o diálogo com os manifestantes falhe. Uma comissão com representantes da oposição vem negociando com o governo desde o início da semana.
Segundo a BBC, há relatos de greves pelo país, incluindo 6 mil trabalhadores de empresas estatais do Canal de Suez. O canal é uma rota comercial importante por onde passa boa parte da produção de petróleo do Golfo Pérsico, já que liga o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Há relatos de outras paralisações pelo país.
Lei de emergência mantida
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, rejeitou nesta quarta-feira o pedido dos Estados Unidos para a revogação imediata de uma lei de emergência. No dia anterior, o vice-presidente americano, Joe Biden, pediu a Suleiman que também cessasse a perseguição a jornalista. Eles têm conversado diariamente por telefone, segundo agências de notícias internacionais.
O ministro Ahmed Aboul Gheit disse ao programa PBS NewsHour, de acordo com trechos da entrevista, que os conselhos políticos do vice-presidente norte-americano, Joe Biden, não eram úteis “de modo algum”, e afirmou que Washington parecia estar tentando impor sua vontade no Cairo.
Com informações da Reuters
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