Em 40 cidades, Marcha da Liberdade inclui de direitos a menos violência da PM

São Paulo – Neste sábado (18), 41 cidades no país promovem suas próprias versões da Marcha da Liberdade. Em pauta, há temas relacionados ao próprio direito de defender a descriminalização […]

São Paulo – Neste sábado (18), 41 cidades no país promovem suas próprias versões da Marcha da Liberdade. Em pauta, há temas relacionados ao próprio direito de defender a descriminalização das drogas até a regulamentação do uso de armas menos letais pelas forças policias. O ato estava previsto para as 11h e 14h na maior parte dos locais.

Por envolver uma gama ampla de temas, da liberdade de expressão à luta contra preconceito e discriminação, devem participar ativistas ligados a questões raciais, de gênero e de diversidade sexual. “Temos poucas certezas. Muitos questionamentos. E uma crença: de que a Liberdade é uma obra em eterna construção. Acreditamos que a liberdade de expressão seja a base de todas as outras”, diz o manifesto da Marcha.

Em São Paulo, ela será realizada no vão do Masp, na avenida Paulista. A principal bandeira das manifestações é a regulamentação do uso de armas menos letais pela polícia e uma mudança na postura dessa corporação diante de movimentos sociais. No Rio de Janeiro, a concentração está prevista para Copacabana, no Posto 6. Em Salvador, na praça do Campo Grande, em frente ao Teatro Castro Alves. Mais horários e locais estão no site da marcha.

Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela liberação das chamadas marchas da maconha, com o argumento de que proibir as mobilizações constitui uma violação da liberdade de expressão. Com essa decisão os estados e a polícia só podem vigiar e garantir a segurança, e não mais coibir, como aconteceu em diversas das manifestações neste ano.

Juliana Machado Brito, do coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR), criticou o fato de, em um Estado democrático, ainda haver qualquer forma de repressão a uma manifestação. Ela lamentou, durante um debate sobre a necesidade de limites para o uso de armas não letais, que os policiais empreguem bombas de efeito moral e sprays de pimenta mesmo em marchas pacíficas.

“Se houver uma regulamentação (do uso de armas menos letais), talvez o Estado comece a pensar melhor antes de jogar as forças repressivas contra a população”, conclui. No próximo dia 30, das 10h às 13h, haverá uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo sobre a regulamentação do armamento menos letal.

Uma marcha nacional exclusivamente a favor da descriminalização da maconha já está agendada para 2 de julho em São Paulo e no Rio de Janeiro.

 

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