Moradores denunciam gasto desnecessário com bonde de Santa Teresa

A Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) denuncia um gasto excessivo do governo do Estado do Rio de Janeiro com a modernização dos bondes. De acordo com […]

A Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) denuncia um gasto excessivo do governo do Estado do Rio de Janeiro com a modernização dos bondes. De acordo com a entidade, a empresa portuguesa Carris de Lisboa, que tem a preferência da administração estadual para recuperar os bondes do bairro, orçou o trabalho em R$ 5 milhões, o dobro do valor nacional. 

 A Amast baseia suas informações no seminário “Engenharia Nacional, Memória Técnica e Capacitação Industrial face à restauração do Sistema de Bondes de Santa Teresa”, que reuniu especialistas no setor. Se os bondes fossem recuperados pela indústria nacional, o valor seria menor do que R$ 2,5 milhões.

A associação reclama também do fim do diálogo com o governo estadual em relação aos bondes. 

A Carris enfrenta ainda oposição por outro motivo. Denúncias de cidadãos portugueses dão conta de que a empresa planeja desativar linhas dos bondes na capital portuguesa. Há na internet diversas petições contra a desativação de linhas.

Desde o acidente com um bonde, que deixou 5 mortos e 57 feridos em agosto desse ano, os bondes não circulam em Santa Teresa. O sistema foi substituído temporariamente por ônibus. Como os bondes fazem parte do patrimônio histórico do Rio, eles não podem ser desativados. Essa não é, tampouco, a vontade da população. Os moradores do bairro vêm se mobilizando pela causa, mas até agora não há certeza sobre quando esse meio de transporte voltará a operar.