Governo ainda aguarda aprovação do mínimo no Senado para correção do IR

Para ministro das Relações Institucionais, aprovação do salário mínimo pela Câmara trará estabilidade ao país

Correção segue usada como moeda de troca pelo governo na disputa no Senado (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

São Paulo – O governo está “predisposto” a enviar a proposta de reajuste da tabela do Imposto de Renda ao Congresso somente após aprovação do valor do salário mínimo de R$ 545 no Senado. O ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, declarou, nesta quinta-feira (17), que a correção em 4,5% da tabela só depende da votação marcada para a próxima quarta-feira (23).

“O governo está defendendo um acordo com o movimento sindical, com as centrais sindicais. Esse acordo fala em reajuste do salário mínimo, mas também fala em reajustar a tabela do Imposto de Renda. Superada a fase do salário mínimo, nós iremos analisar e a predisposição do governo que expressa a coerência que teve em relação ao salário mínimo é também de reajustar a tabela do imposto de renda”, disse o ministro.

A respeito da aprovação do salário mínimo de R$ 545 na Câmara dos Deputados, Luiz Sérgio considera que a política de reajuste atrelada ao projeto de lei dá estabilidade ao país. “A aprovação dessa política até 2015 dá uma estabilidade, uma confiabilidade e expressa a seriedade do governo com as contas públicas.”

Durante a votação de quarta-feira (16), o PMDB demonstrou apoio maciço ao governo, sem qualquer dissidência. “O PMDB é governo e teve na Câmara dos Deputados uma atitude que expressa aquilo que já esperávamos, uma atitude de governo”, disse. Em relação aos dissidentes da base governista, o ministro considerou que “não é bom que haja dissidência, principalmente na bancada do partido da presidenta da República”.

Luiz Sérgio negou que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esteja com o cargo ameaçado, apesar de deputados de seu partido, o PDT, terem votado por um salário mínimo maior. “A maior parte da bancada do PDT votou com o governo”, disse. Na legenda, nove votaram por R$ 560.

Com Agência Brasil e Reuters

 

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