Aeroviários e aeronautas protestam em Congonhas contra proposta de reajuste

Dirigentes sindicais da categoria se reuniram para negociar a campanha salarial, parém não avançaram nas discussões (Foto: Divulgação/ Fentac-CUT)  São Paulo – Aeroviários e aeronautas fazem ato nesta terça-feira (8), […]

Dirigentes sindicais da categoria se reuniram para negociar a campanha salarial, parém não avançaram nas discussões (Foto: Divulgação/ Fentac-CUT)

 São Paulo – Aeroviários e aeronautas fazem ato nesta terça-feira (8), a partir das 9h, no saguão do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pela campanha salarial unificada das categorias e em protesto contra a proposta patronal de reajuste inferior ao índice de inflação. Em reunião realizada na última quinta (3), o representante do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) apresentou a contraproposta das companhias, que prevê reajuste de 3% sobre os salários e 5% sobre os pisos.

Os dirigentes sindicais dos trabalhadores consideraram a proposta ‘ridícula’ e afirmaram que não irão negociar um reajuste que não reponha as perdas inflacionárias medidas pelo INPC, cuja projeção para o período é de 7,3%.

Aeronautas e aeroviários reivindicam 13% de aumento salarial e 20% sobre os pisos. Segundo eles, um reajuste de 2,6% nas tarifas aéreas já daria conta do aumento de 13%. O índice é composto pela inflação do período e o ganho de produtividade das empresas. Segundo o assessor econômico do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Claudio Toledo, as companhias aumentaram as tarifas em mais de 40% nos últimos meses.

O Snea argumenta que um aumento real dos salários pode ampliar a inflação do país. O comandante Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), ironizou a ‘proposta patriótica dos empresários’ e desafiou os presidentes das companhias aéreas a participar da mesa de negociações e defender pessoalmente esse índice inferior à inflação.

Na avaliação dos sindicalistas, o índice proposto pelo SNEA é o pior já defendido pelo sindicato patronal. Entre 470 negociações acompanhadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) este ano, esta seria a pior proposta apresentada aos trabalhadores, ressaltaram.

Os sindicatos entregaram a pauta de reivindicação ao SNEA no dia 15 de setembro, duas semanas antes do prazo, para evitar que as negociações ultrapassassem a data-base, em 1º de dezembro. Mesmo recebendo a pauta adiantada, as empresas levaram 49 dias para apresentar uma contraproposta.

Participam da campanha salarial unificada a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), o Sindicato Nacional dos Aeronautas, o Sindicato Nacional dos Aeroviários, o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, o Sindicato dos Aeroviários de Pernambuco e o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, ligados à CUT, mais a Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo (FNTTA),  o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo do Município do Rio de Janeiro e o Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo, ligados à Força Sindical.

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