Sindicatos levam abaixo-assinado ao governo pelo fim da tributação da PLR

Bancários, metalúrgicos, petroleiros e químicos pediram a Marco Maia e a Gilberto Carvalho que a reivindicação seja incluída na agenda do governo

Marco Maia (ao centro) comprometeu-se com os sindicalistas a dar “tratamento rápido” aos temas (Foto: J. Batista/ Agência Câmara)

Brasília – Em campanha pelo fim da cobrança do Imposto de Renda (IR) sobre a participação nos lucros ou resultados (PLR), representantes dos sindicatos dos bancários e químicos do ABC e de São Paulo, metalúrgicos do ABC e petroleiros foram a Brasília nesta quinta-feira (1º). Eles reuniram-se com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS) – na condição de presidente em exercício da República – e com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para cobrar a inclusão da reivindicação na agenda do governo.

Os sindicalistas também entregaram abaixo-assinado com mais de 200 mil adesões. Marco Maia recebeu os sindicalistas em companhia dos deputados federais Ricardo Berzoini e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, ambos do PT de São Paulo, autores de projetos de lei que preveem o fim da tributação da PLR.

Para Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a mobilização dos sindicatos expressa pelo abaixo-assinado e o protesto na via Anchieta, que reuniu 12 mil trabalhadores na quarta-feira (30), fortalecem a importância dessa luta. “O ministro Gilberto Carvalho disse que o governo está tomando medidas anticíclicas e que essa nossa proposta corrobora com as medidas. Ele nos disse também que levará a pauta à presidenta Dilma Rousseff assim que ela voltar de viagem (a Caracas, na Venezuela)”, afirmou Juvandia.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, também viu avanços na discussão com o Executivo e o Legislativo. Segundo ele, Maia tentará reunir os projetos e dar um “tratamento rápido” ao tema no Congresso Nacional.  “Agora, esse tema está na agenda do governo. Entrou na pauta e como tema prioritário”, destacou Nobre.

Consta da pauta dos sindicatos a proposta de uma nova tabela de alíquotas, que prevê cobrança de IR apenas nas PLRs acima de R$ 8 mil. Hoje, o imposto incide a partir de R$ 1.567 e o percentual varia do mínimo de 7,5% a 27,5% (nesse caso, para valores acima de R$ 3.911,63). Os sindicatos querem que o governo federal edite uma medida provisória para que a nova tabela entre em vigor em janeiro próximo. A medida valeria até que os projetos de Vicentinho e Berzoini fossem aprovados. “O Ministério da Fazenda vai fazer estudos e aí iremos discutir mais essa proposta”, disse Juvandia.

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