Nota de pesar

Sindicalistas lamentam a morte do líder bancário Betão Moschkovich

Trabalhador da Caixa Econômica Federal, ele era ativo militante das causas por justiça e igualdade social

Reprodução/Apcef-SC
Reprodução/Apcef-SC
Betão deixa histórico de atuação em diversas esferas trabalhistas e por direitos coletivos

São Paulo – O mundo lamenta a perda de João Alberto Garcia Moschkovich, conhecido como Betão, nesta quarta-feira (13). Trabalhador da Caixa Econômica Federal, era ativo militante das causas por justiça e igualdade social. Construiu trajetória vinculado ao PT. Segundo seus amigos, Betão deixa histórico de atuação em diversas esferas trabalhistas e por direitos coletivos.

Entre suas atividades, Betão liderou a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo (Apcef/SP). Lá, exerceu a função de coordenador da Comissão Eleitoral Nacional (CEN). Era, então, responsável pela condução das eleições para a diretoria executiva e para o Conselho Fiscal da federação.

Violeiro e torcedor

Além de sua dedicação ao movimento sindical bancário, Betão nutria paixões além das atividades profissionais. Palmeirense e ávido torcedor do time de basquete da NBA Los Angeles Lakers, destacava-se como violeiro e produtor de cerveja. Sua influência também se estendia além do âmbito esportivo e artístico. Ele foi um dos colaboradores do livro A Nova Ordem – Luiz Gushiken.

“Falar do Betão é muito fácil, porque ele influenciou muita gente a seguir essa carreira de luta, tanto em defesa da Caixa quanto do sindicalismo e das Apcefs. Luta essa que ele realizou sem deixar de ser uma pessoa muito alegre. Então, foi muito importante a para nossa formação”, lamenta a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) Eliana Brasil.

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Kardec de Jesus, dirigente da Apcef/SP e diretor honorário do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, expressou admiração por Betão. Ele descreve o colega como “um daqueles companheiros imprescindíveis na nossa vida, no nosso caminho”. E relembra os dias em que ambos foram colegas na primeira agência da Caixa, destacando a relação de Betão com as principais lideranças bancárias da época, influenciando a organização da corrente majoritária no movimento sindical bancário, a Articulação.

O velório, seguido pela cremação, está programado para amanhã (14), no Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú (SC), das 10h às 15h.

Com informações da Contraf-CUT