Policiais civis do Ceará pedem intervenção de bispo em negociação com governo

Categoria pede patamar salarial de delegados e anistia aos policiais. Governo estadual ainda não respondeu sobre reivindicações

A categoria pede média salarial de ao menos 60% do que é pago aos delegados (Foto: Divulgação/ Sinpoci)

São Paulo – Em greve há seis dias, os policiais civis do Ceará pediram a intervenção do bispo de Limoeiro do Norte, dom Emanuel Edmilson da Cruz, nas negociações com o governador Cid Gomes (PSB). A categoria pede média salarial de ao menos 60% do que é pago aos delegados – que recebem R$ 8 mil em início de carreira –, além de anistia aos grevistas. Atualmente, a média salarial do policial civil cearense é de R$ 2 mil.

Dom Edmilson, que foi uma das vozes que atuou a favor dos policiais em greve no ano passado, se comprometeu no último domingo (8) a conversar com o governo estadual. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpoci), os trabalhadores se reúnem nesta segunda-feira (9) com o presidente da confederação da categoria, Jânio Gandra, que deve auxiliar nas negociações.

O estado enfrenta uma série de mobilizações na área de segurança pública. Os policiais militares do Ceará encerraram na última semana uma paralisação que durou seis dias, em que pediam aumento salarial e redução da jornada de trabalho. Gomes chegou a se reunir na última semana com representantes das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública com objetivo de diagnosticar a situação.

Segundo o Sinpoci, 98% do efetivo da Polícia Civil está paralisado. O retorno ao trabalho acontecerá somente com os itens atendidos pelo governo, que ainda não respondeu às reivindicações, de acordo com a presidenta da entidade, Inês Romero.

A greve, que acompanhou o movimento dos policiais militares, dá continuidade à mobilização iniciada em julho de 2011, quando foi julgada ilegal pela Justiça. Em outubro, o mesmo aconteceu. A justificativa para as sentenças, segundo os tribunais, foi o descumprimento da determinação de manter um efetivo mínimo de 30% em atividade. O Sincopi afirma que cumpriu todas as determinações. No atual movimento, a categoria está orientada a realizar greve total.

 

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