Das 6h às 8h

Pilotos e comissários aprovam greve nos aeroportos a partir da próxima segunda

Apesar de estimativa de greve ser parcial, sindicato admite que “provavelmente” vai afetar aeroportos a uma semana do Natal e duas antes da posse de Lula

Rovena Rosa/Agência Brasil
Rovena Rosa/Agência Brasil
Proposta apresentada nesta quinta-feira poderá por fim à greve

São Paulo – Pilotos e comissários ligados ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) aprovaram, em assembleia nesta quinta-feira (15), o início de uma greve da categoria a partir de segunda-feira (19). Se não houver acordo de última hora, a paralisação deve afetar aeroportos, com as proximidades das festas de fim de ano.

A greve será parcial, mas atingirá os principais aeroportos do país. Os profissionais vão parar diariamente das 6h às 8h em:

  • Congonhas (SP)
  • Guarulhos (SP)
  • Galeão (RJ)
  • Santos Dumont (RJ)
  • Viracopos (Campinas-SP)
  • Porto Alegre (RS)
  • Brasília (DF)
  • Confins (MG)
  • Fortaleza (CE)

“As aeronaves só não decolarão naquele horário. Mas às 8h irão decolar, e os voos acontecerão, porém possivelmente de forma atrasada”, diz Henrique Hacklaender, presidente do sindicato, à RBA.

Fim de ano, Copa de Mundo, posse de Lula

Hacklaender admite que, apesar de limitada nos horários, a greve “muito provavelmente” vai provocar caos nos aeroportos na semana da Natal, “se não chegarmos a uma composição com as empresas”. Além do movimento intenso de fim de ano, em 2022 também há os passageiros embarcando da Copa do Mundo do Catar rumo ao Brasil.

greve aeroportos
Greve em setores dos aeroportos foi aprovada nesta quinta (Divulgação)

E, caso a greve se prolongue, deve afetar as pessoas que pretendem participar da posse de Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1°. Segundo o presidente do SNA, a deflagração da greve “não tem nenhuma correlação” com essas datas e com a conjuntura. “Vale ressaltar que toda e qualquer greve é um movimento de coparticipação entre empresas e trabalhadores”, acrescenta o dirigente.

A categoria reivindica recomposição inflacionária dos 12 meses até dezembro, na casa de 5,9%, além de um ganho real de 5%. “A convenção coletiva dos tripulantes vence em dezembro. Estamos há dois meses em negociação, não tivemos indicação das empresas de melhora nas negociações e por esse motivo nos vemos obrigados a deflagrar a greve”, diz.

Mercado

Segundo Hacklaender, as empresas “informaram ao mercado que estão se recuperando, em números até superiores aos patamares de 2019”. Com os valores das passagens “absurdamente mais altos do que no inicio do ano, a categoria vem tentando chegar a um consenso com as empresas”, afirma ele.

No ano passado, o sindicato também havia decretado uma greve, mas em 27 de novembro aceitou uma proposta do Tribunal Superior do Trabalho e suspendeu o movimento, que não chegou a ser iniciado.


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