São Paulo – O pagamento do 13º salário na base dos metalúrgicos da CUT no estado de São Paulo representará acréscimo de aproximadamente R$ 921 milhões na economia, segundo levantamento divulgado pela subseção do Dieese na Confederação Nacional (CNM) e na Federação Estadual (FEM) da categoria. De acordo com a subseção, o valor representa 12,9% do total nacional.

O cálculo leva em conta informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho. Na base da FEM-CUT em São Paulo, são 14 sindicatos filiados, que abrangem 49 municípios, em um total aproximado de 216 mil metalúrgicos.

O presidente da entidade, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, observa que mesmo em um ano com aumento do desemprego a categoria contribuiu com quase R$ 1 bilhão para a economia do estado.

Apenas no ABC, o 13º deve representar R$ 423,9 milhões a mais, segundo estimativa da subseção do Dieese no sindicato da categoria, que inclui 85.563 trabalhadores em quatro dos sete municípios da região (São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), com salário médio de R$ 4.953,68. Eles representam 10,8% da mão de obra formal no ABC e 18,4% dos recursos pagos aos trabalhadores com carteira assinada. Somados todos os setores da economia, o pagamento do 13º soma R$ 3 bilhões na região, sendo R$ 2,3 bilhões para empregados com carteira e R$ 700,5 milhões a aposentados e pensionistas.

No mês passado, o Dieese informou que o pagamento do 13º em todo o país vai proporcionar acréscimo de aproximadamente R$ 173 bilhões na economia. O valor representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).