Transporte coletivo

Motoristas e cobradores de São Paulo retomam negociações e decidem suspender greve

Empresas, trabalhadores e SPTrans se reuniram sob intermediação da Justiça do Trabalho. Reajuste de 10% já foi rejeitado

Sindmotoristas SP
Sindmotoristas SP
Assembleias realizadas nesta semana na capital rejeitaram proposta de aumento e confirmaram greve na próxima segunda, agora suspensa

São Paulo – Depois de audiência intermediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo, motoristas e cobradores de ônibus decidiram suspender a greve que estava marcada para a próxima segunda-feira (6). Com isso, serão retomadas as negociações entre o sindicato dos trabalhadores (Sindmotoristas), o das empresas (SPUrbanuss) e a São Paulo Transporte (SPTrans), que gerencia o sistema na capital paulista.

O Sindmotoristas preza pelo diálogo e bom senso”, afirmou a entidade, em nota. Nos preocupamos e não temos o menor interesse de prejudicar a população de São Paulo, mas também não podemos deixar de defender os interesses da categoria. Se as negociações não avançarem a greve vai acontecer.”

Sem acordo na campanha salarial, motoristas e cobradores de ônibus ameaçavam parar no início da próxima semana. A decisão já foi tomada em assembleias nas garagens na última quarta (1º).

Pauta de reivindicações

De acordo com os sindicalistas, o índice apresentado, e rejeitado, foi de 10% de reajuste, em três parcelas. Os trabalhadores reivindicam 12,47%, que corresponde à variação do INPC-IBGE nos últimos 12 meses, até abril, véspera da data-base. Eles também querem aumento real, participação nos lucros ou resultados (PLR), reajuste no vale-refeição e melhorias no plano de saúde, entre outros itens.

A SPTrans informou em nota que “acompanha as negociações trabalhistas entre os operadores de ônibus e as empresas concessionárias e espera que haja entendimento entre as partes”, para que a população não seja prejudicada.

Já o TRT-2 concedeu liminar à SPTrans, determinando, em caso de greve, manutenção de 80% da frota nos chamados horários de picos e 60% nos demais. Foi fixada multa diária de R$ 50 mil se houvesse descumprimento.