Após acordo, motoristas de ônibus desistem de greve em São Paulo

Categoria terá 8% de reajuste na data-base, um pouco acima da inflação do período

Motoristas de ônibus não entrarão em greve em São Paulo (Foto: Jailton Garcia)

São Paulo – Motoristas e cobradores de ônibus decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (18), não entrar em greve devido a acordo entre o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviário de São Paulo (Sindmotoristas-SP) e o sindicato patronal, o SP-Urbanuss. A possibilidade era anunciada após o protesto da categoria na terça-feira (17), quando, segundo o sindicato dos trabalhadores, 20% da frota foi paralisada no horário de pico (16h às 19h), em protesto por melhores salários.

A reivindicação do sindicato era de reajuste com base no ICV-Dieese dos últimos 12 meses mais 5% de aumento real (acima da inflação). Segundo o Sindmotoristas, as empresas subiram de 5,5% para 8% a proposta de reajuste – o índice fica um pouco acima do INPC do período (6,3%) e supera também o ICV em 12 meses, até abril (7,33%). O tíquete-refeição terá aumento de 18%, para R$ 13, e a participação nos lucros ou resultados (PLR) será de R$ 550 para todos os funcionários. No caso de motorista que operar sem cobrador, serão pagos R$ 250 a mais. O acordo entra em vigor retroativamente a 1º de maio, data-base da categoria.

Na noite da terça-feira (17) a SPTrans informou que, por causa da manifestação dos motoristas e cobradores, 1.200 ônibus deixaram de circular. O protesto provocou aumento no intervalo entre ônibus de uma mesma linha a partir das 17h.