"proposta aquém"

Mobilização no Ibama e ICMBio continua; nova reunião de servidores com o governo será dia 16

Um possível acordo depende, entre outras coisas, da incorporação da gratificação por atividade de risco, que o governo sequer chegou a considerar. E também não acatou a reivindicação de equiparação salarial com os servidores da Agência Nacional de Águas (ANA). Próxima reunião será no dia 16

Ibama
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Servidores dos órgãos ambientais se reuniram com o governo neste dia 1º, mas sem acordo

São Paulo – A mobilização dos servidores do Ibama e Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) prossegue pelo menos até o próximo dia 16, quando voltam a se reunir com o governo federal. Um encontro nesta quinta-feira (1º) entre seus representantes e os do Ministério da Gestão (MGI), em Brasília, terminou sem acordo. A contraproposta governamental foi considerada “aquém” das reivindicações dos dos servidores.

Até lá, a rotina da ampla maioria dos servidores dos dois órgãos vinculados ao Ministério do Meio Ambiente segue em atividades internas, segundo Cleberson Zavaski, o Binho, presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional).

Ou seja, as atividades continuam se limitando à parte burocrática. Fiscalizações externas e outros trabalhos a campo, suspensas em 2 de janeiro último, continuam assim. O fim da mobilização – ou mesmo a entrada em greve – depende do encaminhamento das discussões, segundo a liderança. E também de deliberações em assembleias nas unidades nos estados.

Segundo Binho, um possível acordo depende, entre outras coisas, da incorporação da gratificação por atividade de risco, que o governo sequer chegou a considerar. E a intransigência quanto a outros pontos que já tinham avançado em negociações anteriores. Além disso, o governo não acatou a reivindicação de equiparação salarial com os servidores da Agência Nacional de Águas (ANA). Por isso, a Ascema Nacional apresentará sua resposta à oferta do governo no próximo encontro.

Marina Silva disse que são “legítimas” as reivindicações

Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos disse que no início de 2023 deu reajuste linear de 9% para todos os servidores, inclusive para os servidores da área do meio ambiente, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação. E que as negociações têm sido discutidas entre os ministérios da Gestão, responsável pela adequação orçamentária do serviço público federal, e do Meio Ambiente, ao qual os servidores são vinculado.

Ainda conforme o governo, no segundo semestre teve início o debate sobre reajuste para o ano de 2024. Como parte desse processo, foram abertas 21 mesas específicas para tratar de algumas carreiras. Somente no âmbito das mesas específicas, sete acordos para reestruturação de carreiras já foram fechados.

As reivindicações dos servidores ambientais foram discutidas pelas ministras Esther Dweck e Marina Silva. A comandante da pasta ambiental afirmou em evento em São Paulo que considera “legítimas” as demandas da categoria. E que a colega Dweck tem “grande sensibilidade” para a pauta dos servidores.

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Redação: Cida de Oliveira, com O Eco