Em São Paulo

Metroviários aceitam ‘cláusula de paz’ e cobram proposta da empresa para evitar greve

Categoria, que reivindica pagamento de participação nos resultados, tem assembleia marcada para a próxima segunda-feira

Reprodução
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São Paulo – O Sindicato dos Metroviários de São Paulo aguarda posicionamento da empresa sobre o atraso no pagamento da participação nos resultados (PR) de 2019. Nesta segunda-feira (7), a categoria decidiu em assembleia aceitar proposta intermediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) e suspender a greve que estava programada para esta terça-feira. Haverá nova audiência de conciliação na próxima segunda (15), quando está prevista também assembleia. Sem acordo, os metroviários afirmam que podem parar no dia seguinte.

Em reunião mediada pelo juiz Gabriel Lopes Coutinho Filho, o TRT propôs pagamento de parcela única de R$ 2.500 para todos os funcionários. O saldo destinado a esse benefício seria distribuído de forma proporcional aos salários. O magistrado pediu que não houvesse paralisação até a próxima audiência, uma “cláusula de paz”, aceita pelos trabalhadores. Assim, o tribunal suspendeu liminar que determinava 95% de funcionamento nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 80% nos demais.

A proposta prevê ainda devolução dos valores descontados dos trabalhadores da gerência de manutenção que participaram da campanha salarial de 2021. E seria fixado um prazo de 60 dias para o Metrô apresentar estudo sobre alteração dos critérios dos steps (evolução salarial por mudança de função).

Enquanto as negociações prosseguem, o sindicato informa que está mantida a mobilização nos locais de trabalho, com retirada do uniforme e uso de adesivos.