Metroviários seguem em busca de acordo. E tentam manter a sede do sindicato em São Paulo
Proposta de reajuste salarial apenas em janeiro de 2022 já foi recusada. Categoria ameaça parar amanhã
Publicado 17/05/2021 - 12h59
São Paulo – O Sindicato dos Metroviários de São Paulo e a Companhia do Metropolitano (Metrô) voltam nesta segunda-feira (17) à mesa de negociação em busca de um acordo. Os trabalhadores ameaçam entrar em greve a partir de amanhã. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região e o Ministério Público do Trabalho (MPT) tentam intermediar as conversas.
Na semana passada, o Metrô ofereceu 2,61% de reajuste salarial apenas em janeiro do ano que vem. O índice não seria retroativo à data-base da categoria (1º de maio). Além disso, a segunda parcela da participação nos resultados (PR) seria paga também em janeiro de 2022. A proposta já foi rejeitada.
Em assembleia virtual na última terça (11), os metroviários aceitaram proposta do TRT e adiaram a greve. Segundo o sindicato, de 2.595 trabalhadores, 1.908 foram a favor do adiamento para esta semana. Nova assembleia on-line está marcada para amanhã à noite.
Manutenção da sede
Enquanto tentam avançar na campanha salarial, os metroviários tentam garantir a manutenção da sede do sindicato, localizada no bairro do Tatuapé, zona leste da capital. O terreno onde foi construída a sede foi cedido em regime de comodato há mais de 30 anos, e agora o governo do estado pretende leiloar o local. Os sindicalistas veem motivação política na iniciativa.
A entidade está se mobilizando para manter sua sede, com apoio de parlamentares estaduais e federais, além de diversos movimentos sociais. Um abaixo-assinado também circula nas redes. O leilão está previsto para o dia 28.