São Paulo – Metalúrgicos filiados à Força Sindical, em campanha salarial, fizeram manifestação na zona sul de São Paulo nesta terça-feira (4). Na segunda (3), a categoria, com data-base em 1º de novembro, entregou a pauta de reivindicações na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aos cuidados dos grupos patronais (autopeças, fundição, estamparia, máquinas e equipamentos).

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, o objetivo do ato, com aproximadamente 10 mil trabalhadores, foi pressionar as empresas a atenderem às reivindicações. A categoria pede reposição das perdas acumuladas nos últimos 12 meses, aumento real e valorização do piso salarial. A pauta inclui 147 itens, entre eles, redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários. Entre as cláusulas sociais, a garantia dos trabalhadores acidentados.

O presidente do sindicato, Miguel Torres, afirmou que emperrar as negociações vai provocar paralisações nas empresas. “Não vamos aceitar que os patrões coloquem a crise na mesa de negociação”, disse. Segundo ele, se até 30 de outubro nenhuma proposta for feita, a orientação é parar as atividades na semana seguinte.

A negociação envolve 800 mil trabalhadores, representados por 54 sindicatos da categoria, ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo. Outra manifestação será realizada nesta quinta-feira (6), na Mooca, zona leste de São Paulo, com os trabalhadores das fábricas locais.