Guardas-civis de SP retornam ao trabalho nesta quarta-feira

Sindicato atende solicitação do TRT e suspende greve por 20 dias. Prefeitura não negociou

Guardas-civis interagem com a população durante manifestação no centro de São Paulo (Foto: Rede Brasil Atual/Suzana Vier)

Guardas-civis de São Paulo retornarão ao trabalho às 6h desta quarta-feira (2), depois de oito dias em greve, afirmou Carlos Augusto Sousa Silva, presidente do SindGuardas-SP, entidade que representa a categoria.

O sindicato atendeu à solicitação do juiz Nelson Nazar, vice-presidente Judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) da 2ª região, em audiência nesta terça-feira (1º), e decidiu suspender a greve por 20 dias.

De acordo com a assessoria de imprensa do TRT, a prefeitura não aceitou os termos do acordo proposto pelo tribunal, por não considerá-lo fórum “adequado” para decidir sobre o dissídio coletivo da categoria. Nelson Nazar chegou a propor à prefeitura suspensão das faltas dos dias parados e das transferências de guardas-civis realizadas no período.

A desembargadora Vânia Paranhos foi designada para julgar o mérito da matéria e apresentar parecer em até 20 dias.

“Temos nova assembleia no dia 22 de setembro. É o tempo necessário para a desembargadora avaliar nossas reivindicações”, informou Maurício Villar, secretário de Comunicação do SindGuardas.

Para Silva, a decisão do TRT é um avanço. “A categoria considera que o processo é vitorioso, porque agora haverá um desfecho, teremos um dissídio coletivo”.

Greve sonora

Enquanto parte dos grevistas acompanhava audiência no TRT, mais de mil trabalhadores realizaram passeata pelo centro de São Paulo até a praça da Sé, onde aconteceu assembleia da categoria.

Com apitos, buzinas e carro de som, os manifestantes tomaram as ruas do centro, interagindo com lojistas e pedestres: “Comerciantes do centro, trabalhadores e clientes estamos aqui para denunciar as más condições de trabalho que os guardas-civis têm suportado”, anunciou um dirigente sindical pelo carro de som.

Durante os oito dias de paralisação, os guardas-civis em greve permaneceram em frente ao gabinete do prefeito Gilberto Kassab, com buzinaços, manifestações e passeatas diárias.

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