Ainda sem acordo, ferroviários farão assembleia no final da tarde

Caso o impasse continue, TRT julgará o movimento a partir das 18h

São Paulo – Terminou sem acordo a audiência entre sindicatos dos ferroviários e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, nesta quinta-feira (2). A proposta do TRT foi de que os ferroviários suspendessem a greve, voltando ao trabalho até que as negociações terminem, mas os sindicalistas não aceitaram. Uma assembleia está marcada para as 17h.

Com isso, as linhas 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí), 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra), 11-Coral (Luz-Estudantes), 12-Safira (Brás-Calmon Viana), 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) devem seguir paralisadas. Em assembleias na quarta-feira (1º), os trabalhadores  decidiram paralisar todas as linhas de trens metropolitanos, que atendem a cerca de 2,4 milhões de passageiros por dia.

Eles pedem aumento real de 5%, além de vale-refeição de R$ 19 por dia e implantação de um novo plano de carreira. A CPTM ofereceu reajuste de 3,27% e vale-refeição de R$ 18, além de licença-maternidade de 180 dias.

Mais cedo, os ferroviários se encontraram com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, em reunião no TRT, sem sucesso. O relator do processo, desembargador Davi Furtado Meirelles, fixou multa de R$ 200 mil por dia, caso a determinação de 90% do contingente em horário de pico não seja cumprida.

Caso a greve permaneça, o dissídio de greve será julgado ainda nesta quinta pelo TRT, às 18h.

Greve no ABC

O Sindicato dos Rodoviários do ABC cancelou assembleia que seria realizada na tarde desta quinta-feira (2) por causa de falta de proposta na audiência de conciliação entre o setor patronal e os representantes sindicais, marcando para as 9h da sexta-feira (3). Nesta assembleia, os motoristas de ônibus devem decidir a continuidade da greve iniciada na quarta-feira.

A categoria reivindica 8% de reajuste, 10% de aumento no vale-refeição (além de receber durante as férias), participação de lucros ou resultados de R$ 450 para todos os funcionários e bonificação de R$ 1.500 para os motoristas que fazem função de cobrador.

A greve atinge 14 das 19 empresas de transporte metropolitano e ao menos 200 mil passageiros desde a quarta-feira. A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) havia pedido à Justiça que pelo menos 80% da frota estivesse em operação.

A Promotoria pediu à juiza do TRT que o valor da multa fosse apreendida da conta do sindicato. Em defesa, o presidente da entidade, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, declarou que a informação passada aos grevistas era de obedecer a ordem do EMTU.

 

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