militar denunciado

Deputado pede que TCU apure uso pessoal de recursos de servidores por general

A partir de reportagem da RBA, deputado Alexandre Padilha (PT-SP) pede ao TCU investigue uso, para fins pessoais, de recursos da saúde de servidores federais pelo general da reserva Ricardo Figueiredo. O caso foi denunciado por servidores do INSS

Reprodução/Youtube
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Além de usar advogados dos planos de saúde dos servidores, general da reserva do Exército ainda pagou custas de processo que perdeu com recursos da fundação que preside, segundo denúncia

São Paulo – O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) pediu nesta segunda-feira (4) ao Tribunal de Contas de União (TCU) que investigue denúncia de uso pessoal de recursos da saúde de servidores pelo general da reserva do Exército Ricardo Marques de Figueiredo. Diretor-presidente do Geap Autogestão em Saúde, o militar é acusado de usar recursos da fundação que mantém planos de saúde de servidores públicos para pagar custas de processos na Justiça.

O deputado partiu de reportagem da RBA publicada na última sexta-feira (1º), sobre denúncia do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP) contra o general. Os servidores pediram ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) investigação do militar e dos advogados da operadora envolvidos.

O sindicato divulgou cópia de boleto pago pelo general, com recursos financeiros da Geap. Trata-se dos custos processuais de uma ação por danos morais que moveu contra a ex-conselheira do Conselho Fiscal da fundação e funcionária da Dataprev, Maria do Perpétuo Socorro Lago Gomes Martins.

Como ele perdeu a ação, pagou R$ 4,5 mil de custas da parte vitoriosa. Clique aqui para ver o boleto e o extrato de pagamento.

Ainda conforme o sindicato autor da denúncia, o militar ainda se aproveitou dos serviços prestados gratuitamente pelos advogados da Geap. Esses profissionais são pagos com recursos do beneficiários dos planos de saúde.

De acordo com o SINSSP, a entidade se tornou um cabide de emprego de militares da reserva, filhos de políticos e indicados da Casa Civil. A prática teve inicío na gestão do ex-ministro Onix Lorenzoni (PL), pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul. E continuou na gestão do atual ministro, Ciro Nogueira (PP). E tudo isso com a conivência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Ministério da Saúde.