Notícia-crime

Sindicato denuncia general por uso pessoal de recursos da saúde de servidores

Trabalhadores do INSS em São Paulo afirmam que militar da reserva nomeado presidente da Fundação de Assistência ao Servidor Público teria usado advogados do órgão e pago custas de processo que perdeu com dinheiro dos beneficiários

Divulgação/Geap
Divulgação/Geap
General Ricardo Figueiredo em reunião com Bolsonaro, em janeiro de 2019

São Paulo – O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP) entrou com representação criminal no Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) contra o general da reserva do Exército Ricardo Marques de Figueiredo. O militar preside a Fundação de Assistência ao Servidor Público – Geap Autogestão em Saúde –, e está sendo acusado de usar recursos para o pagamento de despesas pessoais. Advogados da operadora que estariam envolvidos também foram denunciados.

Segundo o sindicato, o general da reserva utilizou advogados da Geap para defendê-lo na Justiça. Ele moveu processo por danos morais contra a ex-conselheira do Conselho Fiscal da fundação e funcionária da Dataprev, Maria do Perpétuo Socorro Lago Gomes Martins.

Ainda segundo o sindicato, o general se beneficiou dos serviços prestados pelos advogados pagos com recursos dos beneficiários. E ainda utilizou recursos financeiros da Geap para pagar os custos processuais. Como perdeu a ação, pagou R$ 4,5 mil de custas da parte vitoriosa.

Sindicato quer apuração de envolvimento do general

“Não é de hoje que sabemos que a Geap foi militarizada pela gestão Bolsonaro. Acostumado à justiça militar, onde não são obrigados a dar satisfação à sociedade civil, o general Ricardo Marques Figueiredo age como se não tivesse que dar satisfação a ninguém sobre seus atos. E nem prestar contas da sua gestão”, diz o sindicato, em reportagem em seu site.

Com a representação da notícia-crime, o sindicato pretende que o MPDFT apure a suposta irregularidade praticada pelo general. E se confirmada, que os autores do suposto crime contra o patrimônio da fundação sejam punidos.

Os recursos da Geap Autogestão em Saúde são oriundos da contribuição dos beneficiários, que respondem por mais de 80% da receita da operadora.

De acordo com o SINSSP, a entidade se tornou um cabide de emprego de militares da reserva, filhos de políticos e indicados da Casa Civil. A prática teve inicío na gestão do ex-ministro Onix Lorenzoni (PL), pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul. E continuou na gestão do atual ministro, Ciro Nogueira (PP). E tudo isso com a conivência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Ministério da Saúde.

Clique aqui para ver o boleto e o extrato de pagamento.
Clique aqui  para ler a íntegra da notícia-crime.


Leia também


Últimas notícias