Reorganização

CTB reelege presidente e aprova união com CGTB. Direção terá maioria de mulheres

Processo de unificação entre as centrais era discutido há anos. Mais da metade da executiva (52%) será feminina

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Bancário Adilson Araújo foi reeleito para a presidência da CTB, por mais quatro anos. Um dos vices eleitos era o atual líder da CGTB

São Paulo – A CTB encerrou ontem (14) seu quinto congresso elegendo a nova direção, que terá maioria de mulheres, e com aprovação de proposta de unificação com a CGTB. As duas centrais vinham discutindo esse processo há anos. Com chapa única, o bancário Adilson Araújo, da Bahia, foi reeleito para a presidência, enquanto Ronaldo Leite (funcionário dos Correios no Rio de Janeiro) será o secretário-geral.

A direção tem ainda sete vices, já incluindo o então presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira. O mandato é de quatro anos. No total, a chapa foi composta por 157 dirigentes. Pela primeira vez, lembra a CTB, a executiva terá maioria feminina. Dos 73 integrantes, 38 (52%) são mulheres.

Origens

A CTB foi criada no final de 2007. Até então, parte de seus integrantes atuava na CUT, em uma tendência ligada ao PCdoB. O primeiro presidente da nova central, Wagner Gomes, foi vice cutista. Ele foi homenageado durante o congresso – morreu um dia antes do início do evento. Já a CGTB se originou ainda nos anos 1980, um período marcado para reorganização do movimento sindical entre o final da ditadura e a conturbada retomada do processo democrático. A CUT, por exemplo, foi criada em 1981, enquanto a Força Sindical surgiu 10 anos depois.

Na próxima quarta-feira (18), as centrais sindicais organizam um “dia nacional de luta e paralisações”. A ação é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, de “reforma” administrativa, em protesto contra privatizações e por mais emprego. Servidores de todos os níveis (federais, estaduais e municipais) farão greve.


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