São Paulo – As centrais sindicais fizeram homenagem ao secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, que morreu ontem (10), após sofrer um infarto. Paulista de Araçatuba, tinha 64 anos. Atualmente, organizava o quinto congresso nacional da central.

“Conhecedor da política e da história do movimento, ele sabia que para avançar precisava de um ideal no horizonte e dos pés na realidade. Foi com esse espírito que Wagner foi um dos maiores defensores da unidade de ação do movimento sindical”, afirmam as centrais, em nota assinada por 11 entidades. Wagner conquistou esse equilíbrio entre idealismo, prática e amplitude através de sua história de vida.”

Ele foi um dos fundadores do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, em 1981. Era operador de trens da Companhia do Metropolitano – antes, tinha trabalhado na antiga Telesp. Foi duas vezes presidente da entidade e também vice da CUT. Em 2007, tornou-se o primeiro presidente da recém-criada CTB, sendo reeleito dois anos depois. Na política, era da direção nacional do PCdoB. Em 2002, foi candidato a senador, em “dobradinha” com o economista Aloizio Mercadante, do PT. Era torcedor do Santos.

Momento difícil

“Nesse momento de grandes dificuldades que atravessamos, com esse governo desastroso, crises de toda ordem e um crescente número de mortes precoces a perda de Wagner Gomes não foi apenas mais uma. Foi para nós uma perda inestimável, profundamente triste e sentida, que fará toda a diferença”, afirmam ainda as centrais.

Durante a sessão de ontem na Câmara dos Deputados, parlamentares do PCdoB, como Jandira Feghali (RJ) e Orlando Silva (SP), entre outros, fizeram homenagens ao sindicalista. “O movimento sindical e os trabalhadores perderam uma grande liderança e eu um amigo”, disse Mercadante.

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“Wagner foi um dos grandes amigos que fiz no movimento sindical e um dos grandes responsáveis pela unidade de ação das centrais sindicais”, declarou o presidente da CUT, Sérgio Nobre. O Sindicato dos Bancários de São Paulo também manifestou pesar e solidariedade pela perda.

O velório estava previsto para ter início às 11h desta quarta-feira (11), na sede do Sindicato dos Metroviários, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Dé lá, o corpo seguirá para o crematório de Vila Alpina, na mesma região da capital.