São Paulo – Com a aprovação de novo período de lay-off (suspensão do contrato de trabalho) para 650 funcionários, os metalúrgicos da General Motors em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior paulista, encerraram hoje (26) pela manhã a greve que já durava seis dias. Segundo o sindicato da categoria, a proposta negociada com a GM inclui lay-off por cinco meses com garantia de retorno, mais três meses de estabilidade no emprego, a partir de 9 de março. Os dias parados serão compensados.

Ainda de acordo com a entidade, durante a suspensão os trabalhadores receberão o salário integral, incluindo a participação nos lucros ou resultados (PLR). A greve foi deflagrada em razão da ameaça de demissão de 798 funcionários, que ficaram afastados também durante cinco meses. A unidade tem 5.200 empregados. “A força da luta derrubou as demissões,  mas a campanha em defesa do emprego tem de continuar em todo o país”, afirma o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Filiado à CSP-Conlutas, o sindicato de São José, juntamente com a central, defende que o governo edite uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego para trabalhadores de empresas que recebem incentivos fiscais, caso das montadoras. No ano passado, o setor eliminou mais de 12 mil postos de trabalho.

Eleição

É esperado para a tarde de hoje o resultado da eleição para renovação da diretoria do sindicato. Concorrem duas chapas, uma liderada pelo atual presidente (CSP-Conlutas) e outra com metalúrgicos da CTB e da CUT. A votação ocorreu terça-feira e ontem.