Bancários iniciam amanhã negociação salarial com ato em São Paulo

Categoria reivindica reajuste, cumprimento do piso salarial e aumento do vale refeição

São Paulo – Os bancários iniciam amanhã (1º)  a campanha salarial com a entrega oficial da pauta de reivindicações à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Como parte das atividades, o sindicato da categoria em São Paulo faz um ato pelas ruas do centro a partir das 12h. Às 17h30, o comando nacional dos bancários vai entregar a pauta. Eles querem reajuste de 10,25% – que inclui reposição da inflação e aumento real de 5% – e piso salarial de R$ 2.416,38. Além disso, pedem vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 622), o fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral.

“Vamos com toda disposição para resolver a campanha na mesa de negociação”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, segundo nota emitida pela entidade. “Somente no primeiro semestre deste ano, os três maiores bancos [Bradesco, Santander e Itaú] acumularam lucro de R$ 16 bilhões e em pouco mais de dez anos tiveram crescimento de 1.054%. Ou seja, não há crise para os bancos no Brasil e os bancários, responsáveis por esse excelente resultado, sabem disso e querem sua parte.”

O tema da campanha deste ano será “Chega de truque, banqueiro!”, uma alusão a um banqueiro ilusionista, que faria truques como aumentar as taxas de serviços e ampliar a terceirização de serviços. A ideia é fazer as reivindicações levando às ruas mágicos que vão reproduzir truques feitos pelos bancos com seus funcionários e clientes.

As primeiras reuniões serão em 7, 8, 15 e 16 de agosto. Na véspera da primeira rodada (6), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor Financeiro (Contraf-CUT) realiza um seminário do comando nacional para preparar as negociações com os bancos. “Mesmo com os lucros gigantescos apurados, os bancos seguem praticando a maldita rotatividade, que é uma violência contra o emprego e só existe no Brasil. Além disso, mais instituições fecharam postos de trabalho, o que revela uma falta de compromisso com o desenvolvimento do país e a inclusão social”, afirma o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.