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Bancários aprovam neste domingo pauta unificada

Delegados defendem piso salarial com base em valor calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66) e PLR de três salários mais R$ 7.196,84

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Ivone Maria da Silva, secretária-geral do sindicato de São Paulo, coordenou o grupo específico sobre o tema emprego

São Paulo – Representantes de bancários de todo o país – 635 delegados eleitos em conferências regionais – participam hoje (2), em São Paulo, da plenária final da 17ª conferência nacional da categoria, da qual sairá a pauta unificada com as reivindicações a serem entregues aos banqueiros para renovação do acordo coletivo de trabalho em data a ser definida. Os bancários têm data-base em 1º de setembro.

O evento começou na sexta-feira, dia em que foram realizados debates com especialistas sobre terceirização, sistema financeiro, conjuntura política e econômica do país, dentre outros. Ontem os delegados se dividiram em grupos para analisar a pauta.

A reivindicação econômica será de R$ 788 para o valor do vale-alimentação e da 13ª cesta, vale-refeição de R$ 34,26 ao dia, piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66), participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.196,84 de parcela fixa adicional e 14º salário.

“As questões relativas ao emprego serão o tema central da campanha nacional 2015. Com os bancos lucrando cada vez mais, não há razão para tantas demissões e fechamento de postos de trabalho”, avaliou Ivone Maria da Silva, secretária-geral do sindicato de São Paulo. A categoria vai cobrar garantia dos empregos de todos os trabalhadores abrangidos pela convenção coletiva e a ratificação do Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.

No item saúde, os delegados discutiram a extensão integral de benefícios para funcionários afastados por problemas de saúde, ampliação da licença maternidade para pais de crianças adotadas, independente da idade, além da redução de jornada para mães que amamentam por um período maior, de 12 meses.

Defendem o fim da revista de funcionários, extinção das tarifas para transferências de dinheiro, com o objetivo é combater o crime de “saidinha bancária”. Outras reivindicação são garantia de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, abertura e fechamento remoto das agências, assim como a instalação dos biombos nos caixas e melhor atendimento aos bancários e demais vítimas de assaltos.

A discussão também abrangeu temas como terceirização, correspondentes bancários, a luta pela defesa do emprego no HSBC, papel social dos bancos e organização do sistema financeiro.

Com informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo