São Paulo – A ministra do Esporte, Ana Moser, partirá em breve rumo à Copa do Mundo feminina de futebol. O evento se realiza neste ano, na Austrália. Após uma reunião nesta terça-feira (11), no Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela recebeu a missão de utilizar o prestígio desse torneio para fortalecer a candidatura do Brasil à organização do Mundial de 2027. Este, então, seria o primeiro torneio realizado na América do Sul. Também participaram os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) e Rui Costa (Casa Civil).

“A reunião teve como objetivo oficializar a posição do governo em busca da sede da Copa do Mundo de Futebol de 2027. Já estamos trabalhando nisso há algum tempo, em parceria com a CBF e o Governo Federal. Estamos às vésperas da Copa que ocorrerá na Austrália e na Nova Zelândia. É nesse momento que queremos mostrar nossa força para garantir a Copa no Brasil. Então, essa foi a missão atribuída pelo presidente. Ir à Austrália, representar o governo, estabelecer contatos e negociações para viabilizar essa conquista”, afirmou Ana Moser.

Escolha em 2024

A ministra ressaltou que a escolha da sede será feita no próximo ano, mas o processo de articulação com os delegados de diversos países é de extrema importância nesse percurso. O Brasil está competindo com outras três candidaturas: Holanda, Alemanha e Bélgica almejam sediar o torneio pela Europa, enquanto Estados Unidos e México estão juntos em uma candidatura conjunta da América do Norte. Além disso, a África do Sul também é uma concorrente.

“A grande novidade para o futebol feminino no mundo seria a primeira Copa do Mundo realizada na América do Sul. Essa região possui um enorme potencial de crescimento para o futebol feminino. Seria de suma importância para nós, brasileiros, uma vez que temos priorizado o desenvolvimento desse esporte, construindo uma estratégia de apoio ao crescimento dessa modalidade, que pretendemos apresentar”, enfatizou a ministra do Esporte.

De acordo com Ana Moser, a estratégia envolve ampliar as condições para a realização de campeonatos nacionais, desenvolver planos de carreira para as atletas, expandir metodologias, especializações, espaços para a iniciação, centros de treinamento e a perspectiva de participação.

“A Copa do Mundo seria a culminância de todos esses esforços. É um evento simbólico para a presença feminina no esporte. O futebol é muito popular no Brasil, mas principalmente entre os homens. Nosso objetivo é romper essa barreira e trazer visibilidade para a participação da mulher de maneira geral, valorizando-a. Essa é a nossa missão”, concluiu.