Alvo além do MST

Stédile: CPI do MST perdeu credibilidade com show de horror bolsonarista

Em quarto episódio da terceira temporada do podcast Três por Quatro, Stédile e convidados discutem perspectivas da CPI e dos ataques ao MST

Gustavo Bezerra
Gustavo Bezerra
Amanhã, o circo da extrema direita promete mais atividade. O convidado do dia será o ministro da Casa Civil, Rui Costa

São Paulo – Na avaliação de João Pedro Stédile, a “extrema direita bolsonarista queima a largada ao transformar a CPI do MST em circo logo de cara”. “E perde a credibilidade para avançar contra o movimento”, disse o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) no quarto episódio da terceira temporada do podcast Três por Quatro.

Ao lado de Stédile, o historiador Valério Arcary e os jornalistas Nara Lacerda e Igor Carvalho analisam os primeiros dias da CPI. E opinam sobre os desdobramentos de mais esta tentativa de ataque ao MST no âmbito do Congresso. Para o coordenador nacional, desta vez a comissão tem objetivos mais amplos: visa criminalizar todos os movimentos populares. A ideia seria pavimentar o caminho para o retorno da extrema direita ao poder.

Para o historiador Valério Arcary, o objetivo da CPI é primeiro criminalizar o MST, para só então atacar os demais movimentos populares. “A direita perdeu o Executivo e quer agora se encastela no Legislativo para se impor. Assim, a comissão serve de palco para a base deles”, disse.

Para ele, a extrema-direita, que sempre chamou os integrantes do MST de “bandidos”, e que prometeu destruir o movimento, fracassou. “Bolsonaro tentou três vezes nos derrotar, mas nós usamos o poder da mobilização popular e derrotamos eles, mesmo eles estando no governo.”

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