São Paulo – O Senado aprovou há pouco com tranquilidade, nesta quinta-feira (1º), com 51 votos a favor e 19 contra, a chamada Medida Provisória dos Ministérios. Na Casa, o projeto derivado da MP 1.154/2023 se transformou no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 12/2023, que estabelece a nova estrutura administrativa da Esplanada dos Ministérios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O texto vai a sanção presidencial.

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia garantido que a tramitação da MP, aprovada ontem na Câmara sob grande tensão, com 337 votos a favor e 125 contrários, seria “tranquila”. De fato, isso ocorreu e a discussão e aprovação da matéria consumiu cerca de uma hora apenas.

Lira e a Câmara

Enquanto transcorria a votação dos senadores, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dava entrevista à GloboNews. Questionado sobre a tensão da tramitação da na Casa que comanda, afirmou que a MP dos Ministérios de Lula foi aprovada após uma última reunião antes da sessão deliberativa, em que ele disse ter convencido os parlamentares do Centrão resistentes a apoiar a medida.

“Eu espero que todos os alertas que foram feitos tenham servido para dar um alerta para o governo, uma chacoalhada”, disse Lira. Segundo ele, o centrão é importante para equilibrar as votações. “Eu não gero problemas, eu resolvo e alerto”, acrescentou.

Lira afirmou ainda que “o governo, sem maioria no Parlamento, não pode achar que partidos independentes são obrigados a pautar e votar matérias do seu interesse”. “Espero que o dia de ontem sirva de ensinamento”, disse também.

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