Segurança de linhas de transmissão é reforçada após ataques e sabotagens, diz ministro
Aneel identificou quatro torres de transmissão de energia derrubadas desde 8 de janeiro, dia dos ataques às sedes dos três poderes em Brasília
Publicado 17/01/2023 - 16h25
São Paulo – A segurança de linhas de transmissão de energia elétrica está sendo reforçada com tecnologias e policiamento. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que as medidas se devem aos vários atos contra as instalações que provocaram queda de quatro torres este mês.
Silveira falou a jornalistas nesta terça-feira (17) após reunião com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e de empresas do setor. O ministro destacou que haverá resposta “rigorosa” aos ataques.
A Aneel identificou quatro torres de transmissão de energia derrubadas desde 8 de janeiro, dia dos atos terroristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Ao menos outras três tiveram ocorrências de vandalismo, causando danos aos cabos de sustentação e outros. Segundo a agência, apesar dos sete atentados, não houve interrupção do fornecimento de energia.
Já foram registrados ataques a linhas de transmissão ou torres nos estados do Paraná, Rondônia e São Paulo, diz a Aneel. Porém, há relatos de outros ataques. Por exemplo na linha Samuel (AC)-Ariquemes (RO), da Eletronorte, ainda na noite do dia 8. Além disso, houve uma ocorrência em 31 de dezembro no Maranhão, portanto antes da invasão à Praça dos Três Poderes.
Videomonitoramento e drones
Segundo Alexandre Silveira, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estão atuando, junto com as empresas responsáveis por essas linhas, para garantir maior segurança.
A PF e a PRF atuarão no patrulhamento das torres apoiadas pelos órgãos de segurança estaduais. A segunda terá “papel mais ostensivo” nas estradas nas quais passam as linhas de transmissão, enquanto a primeira cuidará dos inquéritos e apuração dos atos, segundo o ministro.
Apoio da iniciativa privada
O ministro se esquivou, porém, de pergunta sobre se a motivação dessas sabotagens é política. “Não podemos fazer essa afirmação. Mas podemos dizer que vários eventos convergiram na sua ação.”
“Nós entendemos por bem ser proativos e nos adiantarmos para possíveis problemas mais graves usando todos os instrumentos que o estado possui de vigilância”, disse ainda, acrescentando que a iniciativa privada está colaborando “para que tecnologias avançadas fossem colocadas e implementadas de forma muito rápida a dar segurança à transmissão no país”.
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