São Paulo precisa de agilidade, afirma Haddad

São Paulo – O pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, reclamou da demora por parte dos gestores públicos da capital para resolver os problemas da cidade. […]

São Paulo – O pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, reclamou da demora por parte dos gestores públicos da capital para resolver os problemas da cidade. Nesta segunda (9), ele fez sua 14ª visita aos bairros da metrópole, dessa vez na Cidade Ademar, na zona sul da cidade, onde conversou com moradores e comerciantes locais.

“Tudo é lento e São Paulo está precisando de agilidade”, disse Haddad, após citar o caso da avenida Cupecê, ao lado do local do encontro, obra financiada pelo governo estadual paulista que demorou 24 anos para ter seu corredor de ônibus concluído e ainda sem faixa dupla, além de problemas urgentes que, segundo ele, se não forem atendidos agora, irão se agravar no futuro. Para ele, a qualidade de vida do paulistano “está piorando da porta de casa para fora”.

Depois de ouvir críticas da população local, o petista se comprometeu a retomar projetos idealizados por sua colega de partido e ex-prefeita de São Paulo, a hoje senadora Marta Suplicy – prefeita entre 2001 e 2004.

“Uma das principais providências vai ser retomar os programas dos CEUs (Centro Educacional Unificado). Saímos de 5 CEUs por ano, na gestão da ex-prefeita Marta, para 3 unidades por ano, com o dobro do orçamento nas gestões seguintes”, falou.

Como já ressaltado em outras visitas a bairros periféricos da capital, moradores da Cidade Ademar também criticaram a falta de investimento público em transportes, seguraça, saúde e cultura. O líder comunitário Aloísio Pereira, de 55 anos, reclamou da falta de segurança nas redondezas. “Existem muitas vielas sem iluminação, servindo para pontos de tráfico e assaltos, além de ser uma rota de fuga. Nós avisamos a polícia, eles ficam só alguns dias (em patrulha) e já vão embora.”

Cortes

Haddad disse que, caso eleito, pretende rediscutir a dívida pública do município com a União. Para ele, é importante mudar o indexador da dívida, do atual IGP-DI para a Selic. Ele conta que os contratos fixam um acréscimo de 6% a 9% ao percentual do IGP-DI (na casa dos 3,32% nos últimos 12 meses), elevando os juros pagos pelo serviço da dívida para taxas entre 9,34% e 12,49%, contra os 9,75% fixados para a Selic na última reunião do Copom – com perspectiva de manter trajetória descendente.

“Há um desequilíbrio, o município paga um juro superior ao que a União está disposta a pagar ao mercado para renegociar sua própria dívida”, disse.

Costuras

Após a visita, Haddad seguiu para um evento com dirigentes do PSB, partido com o qual deve fechar aliança na campanha. “As próprias lideranças locais estão expressando a opinião de que o mais provável seja uma aliança do PSB conosco, porque entendemos que temos projetos muito semelhantes tanto no plano nacional quanto local”, afirmou.

Parte dos dirigentes locais da sigla, incluindo o presidente estadual, Márcio França, preferia apoiar o pré-candidato tucano, José Serra, por serem próximos ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dialogado com o presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), para repetir em São Paulo a parceria válida no nível federal.

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