Rodrigo Janot encabeça lista para ser o próximo procurador-geral da República

Lista tríplice será enviada à presidenta Dilma Rousseff que, dando continuidade à uma tradição do governo do PT, deve respeitar a escolha da categoria

Rio de Janeiro – O subprocurador-geral da República, Rodrigo Janot, largou na frente na corrida para suceder a Roberto Gurgel na Procuradoria Geral da República (PGR). Janot foi o candidato mais votado pelos procuradores na eleição que escolheu hoje (17) os nomes que irão compor a lista tríplice que será enviada à presidenta Dilma Rousseff. Se seguir um costume iniciado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma deve respeitar a vontade da maioria da categoria e confirmar Janot como próximo procurador-geral.

Rodrigo Janot obteve 511 votos e integrará a lista na companhia de Ela Wiecko (457 votos) e Deborah Duprat (445). Com 271 votos, a candidata Sandra Cureau, que chegou a ser considerada favorita, ficou em quarto lugar e não disputará a indicação do Planalto.

A eleição foi organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e realizada nas unidades do Ministério Público Federal (MPF). A votação contou com a participação de 888 membros do MPF (ativos e inativos) e associados à ANPR. A escolha do candidato, segundo a entidade, “foi plurinominal, facultativa e secreta”.

De posse do resultado, a ANPR aguarda agora agendamento de audiência com a presidenta para entregar o documento com os três nomes indicados. Após sua decisão, Dilma enviará ao Senado Federal o nome do escolhido para suceder Gurgel, que tem mandato até 15 de agosto. Em seguida, os senadores irão sabatinar o indicado, que será mesmo Janot, se Dilma mantiver a tradição dos governos petistas.

Ao votar em Brasília no começo da tarde, Roberto Gurgel salientou o caráter democrático da eleição: “Mais uma vez, a carreira tem a oportunidade de influir na escolha de quem irá chefiar a instituição nos próximos dois anos. Como a Constituição Federal não nos assegurou essa escolha, a formação da lista tríplice é um processo valioso para a classe”, disse o atual procurador geral.

Com informações da ANPR