PSB comemora ‘conquista muito importante’ em Campinas

Vice-presidente do partido, Roberto Amaral enaltece vitória em Fortaleza, fala em adequar o partido ao novo tamanho e diz que é 'hora de descer do palanque' para ajudar Dilma

O prefeito eleito de Campinas, Jonas Donizette, que obteve expressiva votação e fortaleceu PSB para futuros projetos políticos (CC/JonasDonizette)

Rio de Janeiro – “Estávamos disputando em sete cidades e vencemos em seis.” A constatação, feita pelo vice-presidente nacional do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral, reflete toda a satisfação da cúpula do partido com o ótimo desempenho obtido no segundo turno das eleições municipais. Os candidatos socialistas venceram em Fortaleza, Cuiabá, Porto Velho, Campinas (SP), Duque de Caxias (RJ) e Petrópolis (RJ) – perdendo apenas em Uberaba (MG), por margem apertada – e consolidaram o bom resultado já obtido no primeiro turno, quando foram conquistadas vitórias em cidades como Belo Horizonte e Recife, entre outras.

“Nós tivemos praticamente uma repetição do primeiro turno. Vencemos em três capitais, uma delas politicamente muito importante, que é Fortaleza”, disse Roberto Amaral. O partido, segundo seu vice-presidente, considera fundamental o fortalecimento do governador Cid Gomes – e de seu irmão, o ex-governador Ciro Gomes – no quadro político nacional: “A vitória em Fortaleza é importante porque consolida a presença do PSB no Nordeste, onde nós já temos quatro governadores – Paraíba, Ceará, Pernambuco e Piauí – e agora teremos mais prefeituras”.

Amaral aponta como principal fato novo para o PSB neste segundo turno a vitória em Campinas, onde Jonas Donizette obteve 57,69% dos votos contra 42,31% do adversário Márcio Pochmann (PT): “Eu atribuo uma importância política muito grande à eleição em Campinas, que passa a ser a nossa grande presença em São Paulo. É a segunda cidade do estado e o maior centro de tecnologia e inovação do país, já que 70% da pesquisa científica no Brasil se desenvolve ali. Campinas é um centro industrial de ponta e um pólo em torno do qual giram 40 municípios. Portanto, essa foi uma conquista muito importante para o PSB”, diz.

As vitórias nas cidades de Duque de Caxias e Petrópolis, no Rio de Janeiro, também são comemoradas pelo partido, que deve alinhar forças com o PT e o PCdoB em torno do projeto de eleger o senador Lindbergh Farias governador em 2014: “A situação do PSB no Rio é mais difícil, mas tivemos duas vitórias importantíssimas em Duque de Caxias e Petrópolis. Acredito que Duque de Caxias marcará de forma positiva nossa presença na Baixada Fluminense e será uma vitrine onde mostraremos nosso modo de governar”, diz Amaral.

Forças progressistas

O ex-ministro vislumbra a possibilidade de o PSB chegar ao Governo do Rio de Janeiro nas próximas eleições, ainda que seja indicando o vice na chapa do PT: “O nosso projeto prioritário no Rio é unir as forças progressistas de esquerda. Precisamos fazer de novo a frente de esquerda aqui no Estado. Esse trabalho que deve ser feito para 2014, mas ele começa agora”, diz.

Amaral afirma que a principal tarefa da direção do PSB agora será adequar o partido ao crescimento proporcionado pelas urnas: “Elegemos ao todo 440 prefeituras. Evidentemente que a direção nacional não vai poder dar assistência a todas, mas precisaremos ter uma forma de assegurar o padrão socialista de governar. Nós estamos convencidos de que o desempenho das nossas administrações foi um fator muito importante para a aprovação que tivemos nestas eleições. Precisamos estar à altura disso, e esse é o esforço no momento”.

O vice-presidente do PSB minimiza as diversas disputas travadas com o PT nestas eleições: “Agora é hora de descer do palanque. Vamos nos reunir para organizar nosso plano estratégico, e no momento o que nós temos que fazer é fortalecer o governo da presidente Dilma Rousseff”, diz.

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