Pesque e pague, Sem fronteiras, Stalingrado, Manjedoura. Com a criatividade costumeira na hora de batizar as 282 operações de 2009, a Polícia Federal igualou 2005 no número de ações, mas produziu 87% mais detenções. Foram 2.635 presos neste ano. Apenas em 2006 e 2007 o número de prisões foi superior ao realizado nos últimos doze meses.

Desde 2003, a PF promove operações articuladas em mais de um local para fazer detenções e ações de busca e apreensão para colher provas e indícios de crimes investigados. Em sete anos, foram 1.212 operações com 12,9 mil pessoas detidas, média de 10,7 preso por operação.

As operações de 2009 tiveram o menor número de detenções de policiais federais da série histórica, apenas quatro. Entre funcionários públicos, o número foi o mais baixo desde 2004, 182, menos da metade do ano anterior.

A operação com mais destaque no ano foi a Caixa de Pandora. Sem nenhuma prisão preventiva, a ação promoveu 29 buscas e apreensões no dia 27 de novembro em três cidades. A investigação recai sobre um esquema de distribuição de propinas no Distrito Federal, envolvendo o alto escalão do governo, inclusive o governador José Roberto Arruda (sem partido), o vice Paulo Octávio, secretários e deputados distritais. Pelos menos R$ 700 mil foram retidos em moeda nacional.

Com 10 detidos em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Castelo de Areia investigou crimes financeiros e lavagem de dinheiro na Camargo Correia. Três executivos da empresa chegaram a ser denunciados pelo Ministério Público Federal.

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