Sucessão na Câmara

Bloco de Cunha terá cinco cargos na mesa; PT fica fora

Blocos ainda definirão pra quais comissões vão indicar a presidência, mas já se sabe que ficarão com peemedebistas as de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças e Tributação (CFT)

Brasília – As lideranças partidárias da Câmara dos Deputados definiram os cargos que cada um dos três blocos formados terá na mesa diretora da Casa, cujos titulares serão definidos após a eleição para a presidência. O bloco liderado pelo PMDB conquistou o direito de ter cinco cargos e a indicação para 11 comissões técnicas. Já o bloco do PT, terá 4 cargos e a indicação de sete comissões. O bloco do PSB terá dois cargos na mesa diretora e indicações para três comissões.

Com essa definição, coube ao bloco do PMDB a indicação para a 1ª vice-presidência, 1ª secretaria-geral da Mesa – tidos como os dois cargos mais importantes da Câmara dos Deputados após a presidência – e, ainda, outros três cargos e a escolha das presidências para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissões de Finanças e Tributação (CFT). O PT, que perdeu espaço, ficará com a 2ª vice-presidência, 2ª secretaria e outros dois cargos na composição da mesa e da secretaria.

Em compensação, das sete comissões que ainda estão sendo negociadas e que cabem ao bloco do PT, representantes dos movimentos sociais aguardam com expectativa a possibilidade dos petistas voltarem a indicar o nome que irá presidir a Comissão de Direitos Humanos, que há dois anos deixou de pertencer ao partido. Também está sendo definido, ainda, quais as comissões e cargos que ficarão com os parlamentares do bloco do PSB – sabe-se já, contudo, que são as vagas na mesa diretora referentes ao sexto e nono lugares.

Tudo ou nada

Os dois maiores partidos da Câmara – PT e PMDB – apostaram todas as fichas na Presidência da Câmara dos Deputados e podem ficar sem cargo na Mesa Diretora pelos próximos dois anos, caso seus candidatos não sejam eleitos: Arlindo Chinaglia do PT e Eduardo Cunha do PMDB.

O bloco encabeçado pelo PT registrou três candidatos: Lúcio Vale (PR-PA) para 2º vice-presidente; Felipe Bornier (PSD-RJ) para 2º secretário; e Valtenir Pereira (Pros-MT) para a suplência. Além de Chinaglia, o outro candidato do partido é Weliton Prado (PT-MG), que registrou candidatura avulsa à suplência.

O mesmo ocorre com o PMDB, que indicou apenas Eduardo Cunha (RJ). Os outros cargos do bloco foram distribuídos entre PP, PRB, PTB, PSC, DEM. Waldir Maranhão (PP-MA) concorre ao cargo de 1º vice-presidente; Beto Mansur (PRB-SP) foi indicado para a 1ª secretaria; Alex Canziani (PTB-PR) foi indicado à 4ª secretaria e os deputados Gilberto Nascimento (PSC-SP) e Mandetta (DEM-MS) disputam vagas de suplentes de secretário. Se Cunha não ganhar, PMDB pode ficar fora da Mesa Diretora.

A única vez em que o PT ficou sem representação na Mesa Diretora foi durante a gestão na Presidência da Câmara de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), entre 2005 e 2007, mas Aldo era da base aliada e teve apoio do PT.

Com informações da Agência Câmara

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