Soninha quer mais ônibus para fazer a cidade andar

Em debate realizado esta manhã, candidata do PPS à prefeitura de São Paulo defendeu transporte público como prioridade de seu programa

‘É difícil lutar contra a mídia, para quem parece que estamos só cumprindo tabela’ (Marício Huertas/ PPS)

São Paulo – Criar linhas de ônibus e dar melhor circulação aos corredores são medidas mais eficientes para melhorar o transporte público do que investir em trem e metrô. Isso porque o transporte sobre trilhos é caro, demora para ficar pronto e não se adapta às mudanças da cidade. Essa é a avaliação da pré-candidata do PPS à prefeitura de São Paulo, Sonia Francine, que apresentou seu plano de governo na manhã de hoje (3), no Sindicato dos Engenheiros.

“O transporte público será nossa prioridade, principalmente o sistema de ônibus, que tem vantagens em relação ao metrô, porque é mutável e se adapta às novas necessidades da cidade”, afirmou a pré-candidata, ressaltando que não deixará de investir no sistema de trem e metrô. 

Ela quer modernizar as paradas de ônibus, torná-las mais confortáveis, com cobertura e assentos. “É importante também que os pontos tenham indicações das linhas que passam e por que caminho seguem. Para isso podemos até usar aplicativos de celular para recebimento de informações”, sugere. Segundo Soninha, as plataformas de espera poderiam ser usadas também para o pagamento da tarifa, o que agilizaria o embarque.

Sobre melhorar a circulação nos corredores de ônibus para evitar congestionamentos, disse que a ideia é que os ônibus biarticulados circulem nas linhas-tronco e que os veículos menores cheguem até os bairros.

A pré-candidata prevê ainda a construção de ciclovias, com sinalização para evitar acidentes. “Queremos fazer pequenos trajetos de bicicleta e, para isso, é importante interligá-los com outros meios de transporte, como trens e metrô”, detalhou. “Também prevemos colocar bicicletas de uso compartilhado em diferentes pontos da cidade.”

Ela disse ainda que é preciso reformar as calçadas e criar passarelas sobre as grandes avenidas para facilitar o deslocamento dos pedestres.

Soninha defendeu políticas fiscais da prefeitura para incentivar empresas a se instalarem na periferia, onde reside a maior parte da população. Ao mesmo tempo, quer tornar mais baratas as moradias na região central, onde se encontram as maiores oportunidades de trabalho. “Queremos reduzir a distância entre a casa e o trabalho, pois, sem isso, outros serviços públicos ficam subutilizados.”

Contra o ‘espírito de já ganhou’

Para Soninha, é difícil enfrentar a cobertura da mídia tradicional aos partidos maiores. “É difícil lutar contra o fatalismo da mídia, para quem parece que o segundo turno já está definido e que eu e outros candidatos estamos só cumprindo tabela. Até onde eu sei está tudo zero a zero, pois ninguém votou ainda. Eu quero passar para a final e sei que posso.”

O Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo vai realizar uma série de debates com os candidatos. O próximo, com Miguel Manso Perez, do PPL, será no dia 12.

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