Abertura da Copa

No Piauí, Lula defende Dilma de xingamentos: ‘Perderam a educação e o respeito’

Ex-presidente demonstra indignação com tratamento conferido por paulistanos à presidenta, que, ao ser anunciada e comemorar gols, foi alvo de coro 'Ei, Dilma, vai tomar no c..'

Heinrich Aikawa/ IL

Ex-presidente Lula fala à militância durante evento político no Piauí: críticas à elite paulistana

São Paulo – Em agenda política em Teresina nesta sexta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as vaias e os xingamentos dedicados à presidenta Dilma Rousseff (PT) durante a abertura da Copa, na última quinta-feira (12), na Arena Corinthians, em São Paulo. “Eu vi uma parte da manifestação contra a presidenta Dilma e eu fiquei pensando que não é nem dinheiro, nem escola, nem um título de doutor que dá educação às pessoas. Educação se recebe dentro de casa”, disse. “E não era nenhum pobre (que estava vaiando e xingando). Parece que eram pessoas que comeram até demais, estudaram até demais, mas perderam a educação e o respeito”, completou.

O ex-presidente lembrou a indisposição que existe por parte de setores da sociedade brasileira ao projeto petista, especialmente nas cidades mais ricas do Sudeste, desde o início de seu primeiro governo. “Eu pensava que as pessoas iam ficar felizes ao verem os pobres começarem a comer. Mas não, eles se incomodam. Eles preferiam um avião vazio, com meia dúzia de ricos”, ponderou.

“Vocês lembram como era este país e este estado antes de chegarmos à Presidência da República? Em 2003, eram formados só 366 doutores por ano no Nordeste. Hoje, formamos 1,9 mil doutores por ano. E ainda é pouco. Precisamos formar mais cientistas e professores no Nordeste”, frisou Lula.

Sobre a eleição que ocorre este ano, Lula reafirmou que o que está em jogo são projetos distintos sobre como o Brasil deve ser conduzido hoje, e com que objetivos de longo prazo. “O que está em jogo é se queremos voltar para a velha política do passado, ou se queremos avançar muito mais”. “Nós não temos o direito de fazer este país retroceder”, disse.

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