PRTB

Morre Levy Fidelix, candidato do ‘aerotrem’ e fundador do partido de Mourão

Político morreu aos 69 anos. “O movimento conservador brasileiro perde um dos seus principais representantes”, diz vice-presidente

Wilson Dias/Agência Brasil
Wilson Dias/Agência Brasil
O presidente nacional e fundador do PRTB, Levy Fidelix, morreu em São Paulo

São Paulo – Morreu na noite desta sexta-feira (23) o presidente nacional do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) e fundador da legenda Levy Fidelix. Ele tinha 69 anos e o anúncio da morte foi feito por meio de seu perfil no Twitter. A família não informou a causa.

Na política, Levy Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Foi em seguida para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), concorrendo novamente a um mandato de deputado federal nas eleições de 1990. Voltaria a se candidatar em 2018, já pelo PRTB. Perdeu todas as disputas.

Foi candidato à presidência da República nas eleições de 1994, 2010 e 2014. Chegou a ser pré-candidato em 2018, mas seu partido se aliou ao PSL, de Jair Bolsonaro, formando chapa com a indicação do general Hamilton Mourão, representando a legenda, como vice. No ano passado, Levy Fidelix concorreu à prefeitura de São Paulo.

Por meio do seu perfil no Twitter, Mourão lamentou a morte. “Lamento o falecimento do fundador e presidente do PRTB, amigo Levi Fidelix. O movimento conservador brasileiro perde um dos seus principais representantes. Que o Nosso Senhor Jesus Cristo abençoe e conforte toda família”, postou.

Fidelix se notabilizou pela defesa da implantação do “aerotrem” em todas as campanhas que fez. Nas eleições de 2014, proferiu uma fala homofóbica em um debate televisivo, ao ser questionado pela candidata Luciana Genro (PSOL) sobre por que a “defesa da família” não incluía as formadas por pessoas do mesmo sexo.

Em função da declaração, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) ao pagamento de R$ 1 milhão, em indenização por danos morais, a movimentos ligados à população LGBTQIA+. No entanto, em 3 de fevereiro de 2017, a sentença foi suspensa pelo desembargador Natan Zelinschi de Arruda, também do TJ-SP.