Metade dos paulistanos são contrários a restrição a fretados, aponta pesquisa

Estudo Ibope realizado para o movimento Nossa São Paulo mostra aumento do percentual de proprietários de carro dispostos a usar transporte alternativo. Trânsito é problema para 38%, enquanto saúde é apontada como problemática por 64%

Para 92% dos entrevistados, poluição é muito grave na cidade (Foto: Matias Matias/Sxc.hu)

Pesquisa realizada pelo Ibope para o movimento Nossa São Paulo mostra que 51% da população é contrária às restrições aos fretados, contra 47% favoráveis. A nota média para o trânsito na cidade é 3 e 47% consideram o fluxo de veículos péssimo na cidade. Lançado nesta sexta-feira (18), o levantamento anual se concentra em questões relacionadas à mobilidade e está na terceira edição.

Foram entrevistadas 805 pessas com 16 anos ou mais, de 28 de agosto a 1º de setembro. A margem de erro é de, no máximo, três pontos percentuais. Metade dos participantes responderam ter automóvel e metade não. Vale lembrar que, entre a população da cidade, três quartos não possuem veículos próprios.

O Nossa São Paulo é uma articulação de movimentos sociais e organizações não-governamentais que atuam em quatro eixos, incluindo a produção de indicadores e metas para a cidade.

Segundo os dados, 29% de todos dos entrevistados usam o carro todos ou quase todos os dias, praticamente o mesmo percentual de 2008.

Entre os proprietários de veículos, 50% estão dispostos a usar outros meios de transporte, 13 pontos percentuais a mais do que em 2008. Apesar disso, apenas 38% dos entrevistados enxergam o trânsito como uma área problemática na cidade.

Apesar de 89% dos entrevistados aprovarem as novas pistas na Marginal Tietê, em obras realizadas pelo governo estadual, 56% preferiam que os recursos fossem direcionados ao transporte público – linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus.

Consideram a cidade um lugar ótimo ou bom para se viver 64%, contra 36% que a avaliam como ruim ou péssima. Metade se diz favorável Mas 92% vêm a poluição como uma questão muito grave.

A saúde é a área vista como problemática por 65% dos entrevistados, 12 pontos percentuais a mais do que na edição anterior. Educação vem em segundo, apontado por 41%, 10 pontos a mais do que em 2008.

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