Meirelles deixa PMDB e pode ser nome do PSD de Kassab para prefeitura de São Paulo
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deve ser candidato pelo PSD à prefeitura de São Paulo (Foto: Valter Campanato/ABr) São Paulo – O recém-registrado PSD, articulado pelo prefeito de […]
Publicado 07/10/2011 - 16h42
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deve ser candidato pelo PSD à prefeitura de São Paulo (Foto: Valter Campanato/ABr)
São Paulo – O recém-registrado PSD, articulado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pode ganhar um novo provável pré-candidato à sucessão na capital paulista em 2012. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles deixou o PMDB de Goiás nesta semana e há indicações de que ele transferiria seu domicílio eleitoral para São Paulo nesta sexta-feira (7), último dia para políticos interessados a concorrer nas eleições municipais do ano que vem se filiarem a partidos.
Depois de deixar o BC, Meirelles assumiu o Conselho Público Olímpico dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O desligamento ao PMDB, ao qual havia se filiado em 2008, ocorreu na quinta-feira (6), segundo a assessoria de Meirelles. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou que a mudança para a capital paulista depende de o ex-presidente do BC comparecer a uma zona eleitoral, o que é esperado ainda antes do fim do prazo. O PSD informou, por meio de sua assessoria, que se pronunciaria apenas na tarde desta sexta.
Na eleição de 2010, esperava-se que Meirelles disputasse o governo de Goiás, pelo qual chegou a ser eleito deputado federal em 2002, quando era filiado ao PSDB. Em 2003, quando assumiu o comando da autoridade monetária, a convite do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deixou os tucanos. A desistência de concorrer no ano passado ocorreu a pedidos de Lula, que preferiu evitar riscos de mudanças na equipe econômica às vésperas do pleito nacional.
Meirelles chegou a ser cotado, também, ao posto de candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff – posto ocupado por Michel Temer, presidente licenciado do PMDB. No caso do governo goiano, Íris Rezende concorreu pelo partido.
Preterido por Michel Temer na escolha do vice de Dilma e por Íris Rezende na disputa pelo governo goiano, chegou a ser cogitado para disputar uma vaga no Senado, mas decidiu permanecer à frente do Banco Central até o fim do governo do ex-presidente Lula.
Entre os nomes cotados para contar com o apoio de Kassab a sua sucessão estava o do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (ex-DEM), e o do secretário de Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV).
O PSD conseguiu aprovação de seu pedido de registro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, apesar de questionamentos relacionados ao processo de coleta de assinaturas – com presença de firmas duplicadas ou de pessoas mortas e denúncias de compra de apoios em troca de cestas básicas. Há ainda resistência por parte do PTB que alega que a sigla usada pertence a um partido incorporado em 2002.
Outros nomes
Se confirmada a migração e a pré-candidatura, Meirelles seria o postulante a deixar mais para a última hora a regularização de sua situação com a Justiça Eleitoral. Pelo menos outros dois nomes colocados na corrida filiaram-se há mais tempo. O deputado federal Gabriel Chalita trocou o PSB, pelo qual foi eleito, pelo PMDB, onde conta com o apoio do também ex-socialista e presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Já o presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Luís Flávio Borges D’Urso, não mantinha vínculo partidário antes de aderir ao PTB.
O PT se divide entre cinco nomes – os senadores Marta e Eduardo Suplicy, os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto e o ministro da Educação, Fernando Haddad. Possivelmente haverá prévias em novembro para definir o concorrente do principal partido de oposição. O vereador Netinho de Paula (PCdoB) e o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT), também se afirmam pré-candidatos.
No PSDB, a divisão se dá entre o secretário de Meio Ambiente do estado, Bruno Covas, e o deputado federal Ricardo Trípoli , que tambeem manifestaram desejo de concorrer. Além deles, são citados o senador Aloysio Nunes e o ex-governador José Serra, embora eles não tenham declarado intenção de postular a candidatura.