Marta Suplicy estreia na campanha de Haddad com defesa do Bilhete Único Mensal

São Paulo – A senadora Marta Suplicy (PT-SP) fez hoje sua estreia na campanha do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, com defesa da adoção do […]

São Paulo – A senadora Marta Suplicy (PT-SP) fez hoje sua estreia na campanha do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, com defesa da adoção do Bilhete Único Mensal, proposta do ex-ministro da educação que se transformou no primeiro debate da campanha municipal. A entrada dela na disputa era aguardada pela equipe de campanha, já que a ex-prefeita tem alta taxa de aprovação, especialmente na periferia. 

Na inserção veiculada hoje na propaganda eleitoral do petista na televisão, a senadora recorda a polêmica criada quando implementou o projeto de integração gratuita entre linhas de ônibus. “Quando eu criei o Bilhete Único, anos atrás, houve muitas reações. Primeiro disseram que não ia dar certo, que ia ficar muito caro, que ia complicar as contas da prefeitura. Mas como eu sabia que o bilhete viria para beneficiar nossa população, não vacilei”, diz a parlamentar, que relutou em entrar na campanha por conta do processo de escolha do candidato, no qual foi preterida. Na última semana, ela se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, grande articulador da ideia de lançar Haddad, e se comprometeu a participar de comícios e da propaganda na TV.

Agora, o petista propõe a adoção de um modelo de passagem nos moldes dos adotados por países europeus, com o pagamento de uma taxa mensal que dá direito a um número indefinido de viagens. Na visão do candidato, o Bilhete Único Mensal deve ter custo de R$ 140, e a metade deste valor para estudantes.

O candidato do PSDB, José Serra, iniciou a polêmica ao tentar desqualificar a proposta do rival, classificada por ele no programa de rádio como “Bilhete Único Mensaleiro”, uma alusão ao julgamento do caso do mensalão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-prefeito afirmou ainda que o novo sistema sairia mais caro para o orçamento e não seria integrado ao trem e ao metrô, mesmos argumentos levantados pelo líder até aqui nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB). 

Para Haddad, Serra tenta subestimar a capacidade do eleitor ao levantar a polêmica, e seria mais correto se reconhecesse que se trata de uma proposta boa para os trabalhadores. “Se eles estão falando isso, não posso considerar que é por ignorância, porque eles vivem se regozijando de conhecer as cidades do mundo, e em qualquer lugar do mundo o bilhete de três horas convive com o bilhete semanal e o mensal.”

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