São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff visitou na noite desta quinta-feira (10) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no apartamento dele, em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista. Acompanhada do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ela permaneceu durante aproximadamente uma hora e 20 minutos, para então seguir à casa do médico Roberto Kalil Filho, em São Paulo, onde participaria de um jantar.

Nesta sexta (11), Kalil – um dos médicos que acompanham o tratamento de Lula contra um câncer na laringe – tomará posse como professor-titular do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O ex-presidente deveria participar da cerimônia, mas deverá permanecer em sua casa, em repouso.

Os presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), visitam Lula nesta sexta. Segundo nota publicada na página da bancada do PT na Câmara, os dois vão ao apartamento do ex-presidente no período da tarde.

“Lula é uma referência política para todos nós. Conversamos muito e ele sempre tem uma excelente visão de tudo o que acontece. Nossa visita é uma demonstração de que estamos todos torcendo por sua recuperação”, manifestou Maia, que começou a carreira política na década de 1980 no Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas (RS). “Qual brasileiro um dia não se emocionou ouvindo o presidente Lula? Por isso, me coloco entre aqueles que estão ansiosos por voltar a ouvir seus discursos o quanto antes e quero expressar isso pessoalmente a ele.”

Também na quinta, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro Filho estiveram na residência do ex-presidente. Na sexta-feira anterior (4), Lula recebeu a visita da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do chefe da Secretaria Geral da Presidência, o ministro Gilberto Carvalho. Desde que foi detectado um tumor em sua laringe, no fim de outubro, o petista cancelou a agenda oficial e começou de imediato o tratamento de quimioterapia.

Ele nutria a expectativa de retomar esta semana o trabalho no Instituto Lula, antigo Instituto Cidadania, mas os médicos recomendaram repouso devido aos primeiros efeitos colaterais do tratamento, em especial a sensação de cansaço. A presença de Lula é mantida em aberto em seminário que será realizado na próxima quarta-feira (16) pelo instituto em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para discutir investimentos na África, um dos focos da atuação do líder petista.

Com informações da Agência Brasil