Mais perto do segundo turno, Alexandre Kalil defende governo de união em Minas
Em último debate antes do primeiro turno neste domingo (2), Alexandre Kalil diz que “governar é um ato de amor”
Publicado 28/09/2022 - 15h30
São Paulo – Embalado ao crescer seis pontos na pesquisa Ipec em uma semana, o candidato ao governo de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) defendeu um governo de união em Minas Gerais, em debate realizado pela TV Globo na noite desta terça-feira (28). O candidato de Lula, que diminuiu a vantagem do líder Romeu Zema (Novo), afirmou que “governar é um ato de amor”, referindo-se à política que se compromete a adotar no estado em parceria com um novo governo federal, voltada à reconstrução do país com união, democracia e sem lugar ao ódio.
“Pessoal, governar é um ato de amor. Governar é um ato de agradecimento. Quando você faz um hospital, coloca o hospital de pé, é um ato de amor. Quando se faz um centro de saúde a cada dois meses, é um ato de amor. Quando ‘cê’ recapeia 200 quilômetros de rodovia na sua cidade, é um ato de amor. Não vamos dividir o estado. Nós somos mineiros. O Lula, quando veio aqui, ele disse assim: ‘isso aqui é muito legal, Kalil’. Eu estou com o presidente Lula porque nós vamos mudar a história desse país, a história desse estado”, disse.
Em outros momentos, Kalil voltou a destacar a importância de humanizar a política no estado, referindo-se aos sacrifícios e maus tratos impostos à população do país em geral nos últimos quatro anos. “Governar é devolver para a população o que você recebeu. Tem uma coisa importante: tem que mostrar o que fez. Gritar número não vai resolver. Tem que mostrar o tijolo. Tem que mostrar o atendimento. Tem que mostrar humanidade. Tá na hora de pôr o coração. Chega de tanto número. Com bom coração, vou cuidar da nossa gente.”
Alexandre Kalil e as críticas a Zema
Kalil, que foi prefeito de Belo Horizonte (2017-2022), criticou o candidato à reeleição Romeu Zema quanto às promessas para melhorar a saúde pública. Para o aliado de Lula, tais promessas não serão cumpridas porque o estado aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal para negociar a dívida com a União. “E o que é mais cruel para você que precisa é que é o pobre é quem precisa do SUS. O mais repugnante disso tudo é que sabe que não vai fazer. É de propósito, é maldade”, disse.
Outra crítica foi ao gesto repetido do candidato à reeleição Kalil, de bater no púlpito enquanto respondia questões com algum tipo de reprovação. “Tapa na mesa aqui não. Aqui não é a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais). Não está rodeado nem de puxa-saco, nem de bilionário. Aqui são candidatos que merecem respeito”, disse Kalil, que é crítico da atuação da federação industrial mineira.
Reiteradas vezes ele tem dito à imprensa que Minas Gerais sofreu, nos últimos cinco anos, três tragédias: a de Mariana, a de Brumadinho e a eleição desse governo (Zema) e da Fiemg. E que entrou em “guerra com as mineradoras” quando foi feito um plano diretor mais preservacionista na capital mineira. E que a Fiemg tentou corromper o processo. Por isso, no debate, Kalil falou na necessidade de “valentia” com as mineradoras.
O debate foi o primeiro com participação do governador, que já havia faltado aos promovidos pela Band e SBT. Além dele e de Alexandre Kalil, estiveram presentes Carlos Viana (PL), Lorene Figueiredo (Psol) e Marcus Pestana (PSDB).