"Ato de amor"

Mais perto do segundo turno, Alexandre Kalil defende governo de união em Minas

Em último debate antes do primeiro turno neste domingo (2), Alexandre Kalil diz que “governar é um ato de amor”

Rede Globo/Reprodução
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Candidato de Lula em MG, Alexandre Kalil (PSD, à esquerda) diminuiu a vantagem do líder Romeu Zema (Novo) em seis pontos segundo pesquisa Ipec

São Paulo – Embalado ao crescer seis pontos na pesquisa Ipec em uma semana, o candidato ao governo de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) defendeu um governo de união em Minas Gerais, em debate realizado pela TV Globo na noite desta terça-feira (28). O candidato de Lula, que diminuiu a vantagem do líder Romeu Zema (Novo), afirmou que “governar é um ato de amor”, referindo-se à política que se compromete a adotar no estado em parceria com um novo governo federal, voltada à reconstrução do país com união, democracia e sem lugar ao ódio.

“Pessoal, governar é um ato de amor. Governar é um ato de agradecimento. Quando você faz um hospital, coloca o hospital de pé, é um ato de amor. Quando se faz um centro de saúde a cada dois meses, é um ato de amor. Quando ‘cê’ recapeia 200 quilômetros de rodovia na sua cidade, é um ato de amor. Não vamos dividir o estado. Nós somos mineiros. O Lula, quando veio aqui, ele disse assim: ‘isso aqui é muito legal, Kalil’. Eu estou com o presidente Lula porque nós vamos mudar a história desse país, a história desse estado”, disse.

Em outros momentos, Kalil voltou a destacar a importância de humanizar a política no estado, referindo-se aos sacrifícios e maus tratos impostos à população do país em geral nos últimos quatro anos. “Governar é devolver para a população o que você recebeu. Tem uma coisa importante: tem que mostrar o que fez. Gritar número não vai resolver. Tem que mostrar o tijolo. Tem que mostrar o atendimento. Tem que mostrar humanidade. Tá na hora de pôr o coração. Chega de tanto número. Com bom coração, vou cuidar da nossa gente.”

Alexandre Kalil e as críticas a Zema

Kalil, que foi prefeito de Belo Horizonte (2017-2022), criticou o candidato à reeleição Romeu Zema quanto às promessas para melhorar a saúde pública. Para o aliado de Lula, tais promessas não serão cumpridas porque o estado aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal para negociar a dívida com a União. “E o que é mais cruel para você que precisa é que é o pobre é quem precisa do SUS. O mais repugnante disso tudo é que sabe que não vai fazer. É de propósito, é maldade”, disse.

Outra crítica foi ao gesto repetido do candidato à reeleição Kalil, de bater no púlpito enquanto respondia questões com algum tipo de reprovação. “Tapa na mesa aqui não. Aqui não é a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais). Não está rodeado nem de puxa-saco, nem de bilionário. Aqui são candidatos que merecem respeito”, disse Kalil, que é crítico da atuação da federação industrial mineira.

Reiteradas vezes ele tem dito à imprensa que Minas Gerais sofreu, nos últimos cinco anos, três tragédias: a de Mariana, a de Brumadinho e a eleição desse governo (Zema) e da Fiemg. E que entrou em “guerra com as mineradoras” quando foi feito um plano diretor mais preservacionista na capital mineira. E que a Fiemg tentou corromper o processo. Por isso, no debate, Kalil falou na necessidade de “valentia” com as mineradoras.

O debate foi o primeiro com participação do governador, que já havia faltado aos promovidos pela Band e SBT. Além dele e de Alexandre Kalil, estiveram presentes Carlos Viana (PL), Lorene Figueiredo (Psol) e Marcus Pestana (PSDB).