Lindbergh confirma que está ‘cortejando’ Romário para ser vice em 2014

Rio de Janeiro

Antonio Lacerda/EFE

O parlamentar confirma que o PT vai entregar os cargos no governo Cabral na próxima semana

São Paulo –  O senador Lindbergh Farias (PT) disse hoje (23) que está “cortejando” o deputado federal e ex-atacante Romário (atualmente sem partido). Segundo Lindbergh, o ex-jogador de futebol “é a noiva desta eleição” estadual do Rio de Janeiro, na qual o parlamentar deve encabeçar a chapa do PT. “Ele conquistou um capital político e o respeito dos cidadãos por seu trabalho na Câmara, pela luta pelos direitos dos portadores de deficiência e principalmente por ter sido o primeiro a se levantar contra Fifa, CBF, questionando a Copa do Mundo”, afirmou o senador, no fórum “Efe Café da Manhã”, organizado pela Agência Efe no Brasil.

A pré-candidatura do senador do PT, surgida no final do ano passado com as bênçãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode rachar a aliança com o PMDB do governador Sérgio Cabral, cujo pré-candidato é seu vice-governador, Luiz Antônio Pezão. Em 2010, a parceria com o peemedebista, cabeça de chapa, causou polêmicas internas no PT.

Passados três anos, o desgaste da gestão de Cabral, principalmente após as manifestações de junho, e a candidatura de Anthony Garotinho (PR), considerada forte pela situação no estado, podem forçar Cabral a ceder a cabeça de chapa a Lindbergh – a outra possibilidade é a de que seja lançado pelo PMDB o vice-governador, até agora com chances reduzidas, segundo as projeções.

Na última pesquisa do instituto Datafolha, em julho, Lindbergh Farias (PT) tinha 17% das intenções de voto. Garotinho e o vereador e ex-prefeito da capital Cesar Maia (DEM) apareciam em seguida, ambos com 15%. Pezão aparece em quarto lugar, empatado com Romário em 8%. Miro Teixeira (PDT) vinha com 6%.

O PT deve entregar os cargos que tem no governo de Cabral na próxima segunda-feira (30). Para Lindbergh, a saída do seu partido da gestão peemedebista é uma “vitória política e reafirmação da nossa candidatura”. “Eu queria que o PT tivesse saído antes”, declarou o acrescentou o senador, também nesta segunda-feira.
O senador falou também sobre as manifestações de junho e disse que o vandalismo e os enfrentamentos esvaziaram o movimento. “A violência acabou afastando as pessoas”, afirmou o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e um dos líderes das mobilizações contra o então presidente Fernando Collor de Mello, no início da década de 199. Ele disse ainda entender que o “povo tem razão” de protestar. Exemplificou o gasto de R$ 1,2 bilhão na reforma do estádio do Maracanã, como um dos motivos justos da revolta.

Enquanto isso, o PSDB já tem um eventual pré-candidato para disputar o Palácio Guanabara.  É o treinador de vôlei Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, que assinou a ficha de filiação ao partido em julho. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram os articuladores da candidatura do neotucano.

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