Propaganda Ilegal

Justiça Eleitoral do Paraná determina busca e apreensão na casa de Sergio Moro

O Tribunal Regional Eleitoral acatou denúncia da federação Brasil da Esperança sobre materiais impressos da campanha do ex-juiz, que violam a legislação eleitoral

Marcos Corrêa/PR
Marcos Corrêa/PR
"O Moro entrou em cena logo para abafar isso daí, para tirar o Appio"

São Paulo – A Justiça Eleitoral do Paraná esteve na manhã deste sábado (3) no apartamento do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) em Curitiba para apreender material impresso de campanha. O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) é candidato ao Senado pela União Brasil e declarou o imóvel como comitê eleitoral, razão pela qual as buscas foram feitas no local.

A operação de busca foi autorizada pela juíza Melissa de Azevedo Olivas, auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que considerou haver desacordo com a legislação. O material não mostra o nome dos suplentes na proporção exigida pela legislação Eleitoral.

Segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo, Moro e sua mulher, Rosangela Moro, que é candidata a deputada federal por São Paulo, pelo mesmo partido, não estavam no local. Um vizinho advogado acompanhou as equipes, que não encontraram grande volume de material, além de “santinhos”.

“É evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”, escreveu a magistrada no despacho.

Remoção de conteúdo das redes

A juíza acolheu pedido da Federação Brasil da Esperança no Paraná, criada a partir da união do PT, PCdoB e PV. O advogado da federação, Luiz Fernando Peccinin, acusa o ex-juiz de tentar “esconder” os suplentes. A expectativa é que novas buscas sejam solicitadas pela federação, em gráficas e em outros pontos de apoio usados pela campanha de Moro.

A decisão do TRE também determina a remoção de uma centena de publicações com propaganda das redes sociais do ex-juiz. Segundo Peccinin, suas redes têm publicado propaganda irregular, ante à desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente à dos suplentes.

Peccinin afirma que foram excluídos os vídeos do canal de Sergio Moro do YouTube, inclusive aqueles com críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de dezenas de links nas páginas sociais de sua campanha.

Com Estadão e UOL