Haddad diz que prioriza qualidade na escolha do secretariado

Prefeito eleito de São Paulo deve anunciar ao menos a maioria dos cinco nomes restantes para completar sua equipe de governo e confirmou Juca Ferreira na Cultura

O prefeito eleito afirmou que não tem pressa para definir a equipe, que demanda qualidade (Foto: Diogo Moreira/Frame/Folhapress)

São Paulo – O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou hoje (10) que a qualidade do secretário é o critério para escolha dos nomes que comporão seu primeiro escalão, e não o prazo cada vez mais curto para definir toda a equipe de governo. Ao ser questionado se deve anunciar, ainda esta semana, os cinco nomes que  faltam para completar o secretariado, Haddad disse que sua maior preocupação é escolher bem: “Não vou nomear uma pessoa a não ser que esteja certo de que seja a pessoa certa para a função. Minha maior preocupação é escolher bem.” 

O nome de Juca Ferreira para a Secretaria de Cultura foi confirmado pelo futuro chefe do Executivo. Ferreira já foi ministro da Cultura no final do segundo mandato do governo Lula. Ainda há secretarias importantes  definir, como Habitação e Segurança. Na Habitação, o prefeito trava uma polêmica com movimentos sociais, de moradia popular e arquitetos e urbanistas ligados ao PT por ter negociado a pasta com o PP de Paulo Maluf desde o início da campanha eleitoral. 

Haddad disse também que esteve reunido com a presidenta Dilma Rousseff (PT) na semana passada, com quem discutiu o projeto de revitalização do centro de São Paulo, um traçado do trem de alta velocidade (TAV) na cidade e parcerias entre o município e a União. “Ela destacou os ministros para que possamos acessar os editais do governo federal que ainda não chegaram a São Paulo, na área de saúde, educação, cultura, e do Ministério das cidades”, disse.

Houve encontro também com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com quem discutiu a dívida de São Paulo com a União e a proposta de mudança do indexador para o pagamento. “Não depende só de São Paulo, a mudança de indexador afeta todos os entes da federação. Vai beneficiar a todos, mais São Paulo porque e nossa dívida é maior.” O prefeito observou que nos atuais padrões a inadimplência é mais vantajosa: “Pagando o contrato, paga IGP-M mais 9%. Não pagando, paga Selic mais 1%. É uma distorção absurda”.

Comércio

A agenda do prefeito eleito incluiu ainda reunião com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (Fecomércio), na qual foi abordada a possível criação de uma lei de incentivos fiscais e a desoneração tributária para o setor. “São Paulo tem que ter um plano de desenvolvimento”, defendeu.

Ele citou como possíveis alvos que deverão ser beneficiados as regiões das avenidas Jacu-Pêssego, na zona leste, e Cupecê, região sul. “Minha função como chefe do executivo é fazer um mapeamento de setores que vão representar uma transformação dessas regiões, a geração de empregos, trazer de volta empresas que deixaram São Paulo.”