Brasília – Durante audiência pública no Senado sobre o tema “Mulher, esporte e movimento”, realizada hoje (9), foi cogitada a realização de sessão solene e alguns debates no Congresso Nacional sobre os 120 anos da primeira partida de futebol feminino no mundo, que foi realizada em 1895.

Na audiência promovida por uma ação conjunta entre a Procuradoria da Mulher do Senado e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, o autor da ideia, Marcos Antonio Teixeira, presidente da Associação Fifa – Cies – FGV – Alumni (AFCFA), dedicada à organização de cursos de gestão, marketing e direito no Esporte, lamentou o pouco investimento da instituição de futebol para as atletas mulheres.

“O segmento do futebol está dominado pelos homens. Levantamento feito pela Fifa em 2014 revelou que apenas 8% de mulheres têm assento em comitês executivos nacionais”, comentou.

A ideia de Teixeira é realizar três audiências públicas com foco nos 120 anos do primeiro jogo entre mulheres, nos programas de financiamento governamental para a atividade, e o compromisso dos estados e municípios em incentivar o ingresso feminino ao esporte.

Segundo a coordenadora geral de futebol profissional do Ministério do Esporte, a ex-jogadora Mariléia dos Santos, a dificuldade do preparo das atletas para os campeonatos internacionais se dá por conta da falta de apoio. “O Brasil está aquém de outros países e este ano tem Copa do Mundo no Canadá, em junho. Se o país continuar olhando a prática com desprezo, não vamos chegar a lugar nenhum.”

Para Mariléia, a Lei do Incentivo ao Esporte poderá viabilizar a construção do primeiro centro de formação de jogadoras do país, em Foz do Iguaçu (PR).

O debate contou com as deputadas federais Conceição Sampaio (PP-AM) e Flávia Moraes (PDT-GO), as ex-atletas do vôlei Leila Barro, atual secretária da pasta, e Karem Raren Vilarins, representante da Secretaria do Esporte e Lazer do Distrito Federal.

Agrotóxicos naturais

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou a Política Nacional de Apoio aos Agrotóxicos Naturais. O projeto, de autoria da ex-senadora Ana Rita, prevê incentivar o uso de produtos pouco tóxicos ou não tóxicos ao ser humano, que causem menos danos ao meio ambiente e que resultem em produtos mais saudáveis.

Na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, onde foi aprovado, substituindo o texto original, que proibia o incentivo a agrotóxicos naturais, o projeto foi modificado para abranger produtos sintéticos considerados seguros do ponto de vista toxicológico e ambiental. A proposta está sendo analisada em caráter terminativo na CRA e precisará ser submetida à votação em turno suplementar na comissão.

Com informações da Agência Senado