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Com regional no ABC, Frente Brasil Popular busca maior unidade na defesa de direitos

Movimentos sociais, sindicatos e partidos querem atuação unificada contra os ataques do governo Temer aos direitos sociais e trabalhistas

reprodução/TVT

Representantes de pelo menos 40 entidades participaram do lançamento da frente no sábado (16)

São Paulo – A Frente Brasil Popular ABC foi lançada sábado (16) com o intuito de unificar os movimentos sociais do ABC paulista na luta pela defesa de direitos sociais e trabalhistas, e contra o governo do presidente interino Michel Temer.

Representantes de pelo menos 40 entidades que integram a frente, como CUT, Marcha Mundial das Mulheres, Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e Levante Popular da Juventude, participaram do lançamento ocorrido na subsede Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Rafael Marques, a atual conjuntura pede maior unidade entre os movimentos de esquerda. “Constituir as frentes significa juntar as forças das entidades, como sindicatos, movimentos populares, juventude, mulheres e negros. Todos aqueles que lutam por um Brasil melhor”, afirmou, em entrevista à repórter Caroline Monteiro, para o Seu Jornal, da TVT.

Presidente da CUT-SP e coordenador da Frente Brasil Popular no estado, Douglas Izzo destacou o histórico de lutas da região do ABC, com a fundação da CUT, do PT, e da participação dos sindicatos no movimento ‘Diretas Já’, ao final da ditadura, e também ressaltou os riscos enfrentados no momento atual: “Querem impor a questão da terceirização da atividade-fim, querem impor a reforma da Previdência, querem congelar por 20 vinte anos o salário dos servidores públicos”, denunciou.

“A frente representa a classe trabalhadora. Espero que seja a grande protagonista desta luta em defesa da democracia no Brasil”, afirmou o deputado federal Vicente Paulo da Silva, Vicentinho (PT-SP), ex-presidente da CUT e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

O ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse que a luta contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff ainda não está perdida. “Temos que lutar até o fim para que esse golpe não se consolide. Caso se consolide, temos que combater esse governo com todos os meios legais à nossa disposição, e deixar claro que não aceitaremos um governo golpista. Isso é uma afronta à democracia e à Constituição, e não podemos aceitar.”