São Paulo – O ex-vereador Reginaldo Camilo Dos Santos, mais conhecido como Zezinho do PT, de 51 anos, foi assassinado na tarde desta sexta-feira (29) em Jandira, região Oeste da Grande São Paulo. Segundo testemunhas, um veículo com uma pessoa armada se aproximou do vereador e atirou à queima-roupa. A Guarda Municipal da cidade ou a Polícia Militar não sabem o motivo do crime. A informação foi divulgada primeiro por lideranças do Partido dos Trabalhadores nas redes sociais.

Zezinho era considerado um vereador atuante no município. Foi autor de diversas denúncias de corrupção na cidade em áreas como Saúde e compras municipais. O ex-vereador era cabo eleitoral de Fernando Haddad (PT) e Lula (PT) em Jandira e apareceu em várias imagens postadas nas redes sociais na última semana, em campanha para os candidatos ao governo estadual e a presidência. Ele foi candidato a deputado federal, mas não se elegeu.

CUT pediu rápida apuração do assassinato de Zezinho do PT

“Ele fazia muitas denúncias e a gente já entrou em contato com o doutor Nico para pedir uma investigação”, disse Emídio de Souza à TV Globo, referindo-se a Osvaldo Nico Gonçalves, delegado-geral da Polícia Civil de SP. O coordenador da campanha de Haddad foi ao local do assassinato

O crime repercutiu nas redes sociais. “MAIS UM CRIME POLÍTICO! O companheiro Zezinho do PT, liderança de esquerda em Jandira, foi assassinado hoje em frente à sua casa. Nossa solidariedade aos familiares e amigos. E que o Estado investigue com rapidez e encontre os criminosos. Chega de violência política!”, protestou o deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP) por meio de sua conta no Twitter.

A CUT-São Paulo pediu empenho da Polícia Civil para uma “rápida apuração desse crime”. “Além disso, não se podem desconsiderar possíveis motivações políticas, seja em face ao atual momento de ódio promovido no país ou por conta das graves denúncias que eram feitas pelo companheiro sobre a administração da cidade de Jandira”, publicou a central em seu site.

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Histórico de violência

Jandira é uma das cidades mais violentas da Grande São Paulo. Em 2010, em uma manhã de dezembro, o prefeito Braz Paschoalin foi assassinado com 13 tiros em frente à rádio Astral FM, onde ele chegava para dar uma entrevista. A emissora captou em seus microfones o assassinato ao vivo.

“O prefeito Braz Paschoalin subiu para agradecer a presença do público…”, dizia o locutor. Ao fundo, as rajadas de tiros interromperam a locução. O radialista disse: “O pessoal tá bagunçando aí… O prefeito subiu ao palco e aí soltaram os fogos, é isso que aconteceu?”. Na rua,  Walderi Braz Paschoalin (PSDB), 62, estava morto.

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