Número 2

Ex-banqueiro Gabriel Galípolo será o secretário-executivo de Haddad no Ministério da Fazenda

Haddad e Galípolo assinaram artigo sustentando que a criação de uma moeda sul-americana pode impulsionar processo de integração regional

Reprodução/Redes Sociais
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Ex-banqueiro Gabriel Galípolo será o secretário-executivo de Haddad no Ministério da Fazenda

São Paulo – O ex-banqueiro Gabriel Galípolo, que presidiu o Banco Fator de 2017 a 2021, será o secretário-executivo de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda. O cargo é considerado o “número 2” da pasta. O prestígio de Galípolo cresceu junto aos aliados mais próximos de Luiz Inácio Lula da Silva porque ele foi um dos conselheiros do presidente eleito na questão mercado financeiro.

Segundo o G1, Haddad anunciou o nome após reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O ex-prefeito de São Paulo e futuro chefe da economia do governo classificou o encontro como “ótimo”.

Além da proximidade a Lula, a presença de Galípolo na gestão da economia deve ajudar a desfazer as desconfianças do chamado mercado não só em relação a Haddad, como também relativamente ao governo como um todo, já que o economista trabalhou na formatação das vendas da Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) e Companhia de Águas e Esgotos do Rio (Cedae).

Segundo a Folha de S. Paulo, sob o comando de Galípolo o Banco Fator “atraiu capital” estrangeiro para a construção e exploração da linha 6 do metrô de São Paulo. Com 39 anos, o ex-banqueiro é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Em abril de 2022, Haddad e seu agora “número 2” assinaram artigo na Folha de S.Paulo, sustentando que a criação de uma moeda sul-americana pode impulsionar o processo de integração regional (leia aqui).

Perfil maleável

O currículo de Galípolo mostra um perfil maleável. Ele atuou na Secretaria Estadual de Economia e Planejamento durante o governo de José Serra, no estado de São Paulo, e há mais de dez anos é próximo ao PT, segundo o Infomoney, publicação dirigida ao mercado financeiro.

Muito antes de em 2022 ajudar a campanha de Lula, em 2010, diz o site, Galípolo colaborou na construção do plano de governo do ex-ministro Aloizio Mercadante ao governo paulista, quando ironicamente foi eleito o então tucano Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente eleito de Lula.


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